Visualização do documento
Título
ANÁLISE COMPARATIVA DE DOIS PROCEDIMENTOS DE ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR UTILIZADOS NO TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO FEMININA
Orientador
ELAINE CALDEIRA DE OLIVEIRA GUIRRO
Autor
PRISCILA GODOY JANUÁRIO
Palavra chave
INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO, ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA, ASSOALHO PÉLVICO.
Grupo CNPQ
Programa
MS - FISIOTERAPIA
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
27/11/2007
Nº Downloads
4829
Resumo
A incontinência urinária de esforço (IUE) é uma disfunção com alta prevalência em mulheres, e apresenta importante impacto psicológico e social. A proposta deste estudo foi avaliar dois procedimentos de estimulação elétrica neuromuscular (EENM) intravaginal no tratamento de mulheres com IUE. Participaram 20 voluntárias com idade média de 55,55±6,51 anos, índice de massa corporal médio 28,66±5,49 Kg/m2, com diagnóstico clínico de IUE e queixa de perda urinária há pelo menos três meses. As voluntárias foram divididas aleatoriamente em dois grupos, sendo que 10 mulheres receberam EENM com corrente de média freqüência (G1) e 10 mulheres receberam EENM com corrente de baixa freqüência (G2). Utilizou-se para EENM um gerador de pulsos Dualpex 961® (Quark) com corrente elétrica de média freqüência, 2000 Hz, modulada em 50 Hz e largura de pulso de 100 µs; e uma corrente de baixa freqüência fixa em 50 Hz e largura de pulso de 700 µs via eletrodo intravaginal. Para análise da intensidade de estimulação foram considerados os valores da primeira (1ªS), sexta (6ªS) e 12ª sessão (12ªS) de tratamento. Os dados referentes às características dos sintomas de perda urinária foram coletados por meio de questionário com questões fechadas. Um diário miccional de sete dias foi registrado para analisar a freqüência urinária diária. A avaliação funcional dos músculos do assoalho pélvico (MAP) foi realizada por meio da mensuração da pressão perineal (PP) em seis diferentes momentos: antes da primeira (PRÉ), após quarta (PÓS 4), após sexta (PÓS 6), após oitava (PÓS 8), após décima (PÓS 10) e após 12ª sessão (PÓS 12) de EENM. Para tanto, utilizou-se o equipamento PERINA 996-2® (QUARK). As voluntárias realizaram três contrações máximas sustentadas dos MAP durante quatro segundos. O grau de severidade dos sinais e sintomas foi avaliado objetivamente pelo pad test de 1 hora (PT) e subjetivamente pela escala visual analógica (EVA) nos momentos PRÉ, PÓS 6 e PÓS 12 sessões de EENM. Para a avaliação da qualidade de vida (QV) utilizou-se o questionário King's Health Questionnaire, versão em português, nos momentos PRÉ e PÓS-tratamento. Para análise da normalidade dos dados, utilizou-se o teste Shapiro-Wilk, seguido do teste de Friedman para dados não-paramétricos. Para análise da história dos sintomas referentes à IU, bem como da história clínica das voluntárias, utilizou-se os testes Exato de Fisher e Mann-Whitney; e para os dados registrados no diário miccional, os testes Wilcoxon e Mann-Whitney nas análises intra e intergrupos, respectivamente. A correlação de Spearman foi usada para verificar o grau de associação entre as variáveis PP, PT e EVA; e entre as variáveis PP, PT, EVA e intensidade de estimulação. Em todas as análises considerou-se o nível de signficância alfa=5%. Não houve diferença significativa (p>0,05) entre os grupos em nenhuma variável avaliada. Em ambos os grupos, houve melhora significativa (p<0,05) na quantidade de urina perdida, no desconforto causado pela perda urinária, na PP, na QV e moderada correlação entre PT e EVA. Não houve correlação entre as demais variáveis analisadas. Conclui-se que os dois tipos de procedimentos de EENM aplicados neste estudo foram efetivos para o grupo avaliado.
Abstract