Visualização do documento
Título
ADAPTAÇÕES DO MÚSCULO SÓLEO PREVIAMENTE ENCURTADO APÓS APLICAÇÃO DE ALONGAMENTO ASSOCIADO A RECURSOS TÉRMICOS
Orientador
RINALDO ROBERTO DE JESUS GUIRRO
Autor
FÁBIO AUGUSTO FACIO
Palavra chave
IMOBILIZAÇÃO, ALONGAMENTO, RECURSOS TÉRMICOS, SARCÔMERO, MORFOMETRIA MUSCULAR
Grupo CNPQ
Programa
MS - FISIOTERAPIA
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
30/01/2008
Nº Downloads
2269
Resumo
O alongamento é utilizado para prevenir e/ou reverter as alterações musculares causadas pelo encurtamento muscular. A associação do alongamento ao frio ou calor é empregada na prática clínica para tornar o mesmo mais efetivo, embora não há estudos relatando os efeitos desse procedimento nas adaptações de sarcômero e morfometria muscular. O objetivo deste estudo foi analisar o efeito da associação de crio ou termoterapia ao protocolo de alongamento em músculo previamente encurtado. Ratos machos Wistar foram divididos em grupos Controle (C); Imobilizado (I); imobilizado + alongamento (A); imobilizado + gelo + alongamento (G); e imobilizado + infra-vermelho + alongamento (IV). Os animais tiveram o tornozelo imobilizado em flexão plantar máxima por um período de 21 dias. O alongamento passivo foi realizado diariamente a partir do 15º dia de imobilização por um período de 40 minutos, durante sete dias. A aplicação dos recursos físicos foi realizada simultaneamente ao alongamento. No 22º dia do experimento os animais tiveram o músculo sóleo retirado, pesado e processado para avaliação da área de secção transversa (AST) das fibras, da densidade do tecido conjuntivo (TC) e das adaptações de sarcômero. A amplitude de movimento (ADM) foi mensurada no primeiro e último dia da aplicação do alongamento. Análise estatística: ANOVA F seguido de Pos hoc Tukey e Kruskal-Wallis seguido de Dunn (p<0,05). Os animais do grupo C obtiveram ganho de peso corporal, enquanto que os animais dos grupos I, A, IV e G apresentaram perda do mesmo. Com exceção do grupo A, todos os outros grupos apresentaram massa muscular significativamente menor quando comparado ao grupo C (p<0,05). Todos os grupos submetidos a imobilização e/ou protocolos de alongamento apresentaram, no final do experimento, menores valores de ADM em relação ao grupo C (p?0,0001). Entre os grupos alongados, o grupo A apresentou maior ADM quando comparado aos grupos IV e G (p?0,04). O grupo I apresentou adaptações do número e extensão do sarcômero e do comprimento muscular quando comparado ao grupo controle (p?0,0009). O grupo A apresentou valores de comprimento muscular e extensão de sarcômero semelhante ao C, sendo que o número de sarcômeros foi maior em todos os grupos submetidos ao alongamento, quando comparado ao grupo I (p?0,0006). Com exceção do grupo A, todos os outros grupos apresentaram valores de AST menores que o grupo C (p?0,002). Além disso, o grupo A apresentou valor de AST maior do que os grupos I, IV e G (p?0,00001). Todos os grupos imobilizados e tratados apresentaram maiores valores de densidade de TC quando comparados ao grupo C (p?0,003), sendo o grupo G o que apresentou valor mais próximo do grupo C. Embora a adaptação de sarcômero pareça não ser dependente do aquecimento e resfriamento muscular, a alteração na densidade de TC mostrou-se responsiva ao alongamento associado ao resfriamento, enquanto a área de secção transversa das fibras respondeu com adaptações apenas ao alongamento sem associação de recursos térmicos.
Abstract