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Título
ALEXANDRE DE GUSMÃO: ARTE DE EDUCAR MENINOS NOS BONS COSTUMES
Orientador
JOSÉ MARIA DE PAIVA
Autor
FÁBIO FALCÃO OLIVEIRA
Palavra chave
RATIO, PEDAGOGIA, EDUCAÇÃO, BONS COSTUMES E CRIAÇÃO.
Grupo CNPQ
Programa
MS - EDUCAÇÃO (PPGE)
Área
CIÊNCIAS HUMANAS
Data da defesa
01/01/2008
Nº Downloads
1695
Resumo
José Maria de Paiva acentua que o português do século XVI está marcado pelo espírito de registro. O registro, o relatório, a carta ao rei eram as formas de desenhar e controlar a realidade. Nada passava despercebido diante dos olhos dos homens daquela época: um animal, uma cachoeira, os costumes dos índios(as), etc. A ordem era concebida pela unidade. Sua constância define a consciência do povo; o comercio internacional ditava o caminho. Com o crescimento econômico as cidades cresceram, o dinheiro tornou-se comum levando a uma relação de contato, o dinheiro tornou-se o símbolo do individualismo marcando uma nova era. Essa forma de ver o mundo, por meio de uma perspectiva mercantil lançou uma aporia: Por que conhecer? Essa forma de calcular e de formular o raciocínio levou os homens dos séculos XVI e XVII a conhecerem as coisas de um modo diferente dos antigos. O que está em jogo não é mais as Escrituras Sagradas ou a elaboração de um conhecimento teocêntrico, não quer dizer que houve um abandono de Deus, apenas surgia um antropocentrismo acentuado de valorização do homem. Se a antiga forma de conhecer as coisas responde ou não as exigências da época, não é o mais importante. A Ratio é a manifestação do espírito do novo espírito humanista e suas engrenagens revelam-se nas experiências comerciais, nos movimentos filosóficos bem como nas terras brasileiras por meio dos jesuítas. A história era feita no âmbito da pedagogia, a criança é percebida. Na colônia discutir pedagogia é entender como uma ação proporcionada pelos jesuítas estabelece uma estratégia que apresenta uma harmonia, quase que correta, nas terras do rei e Portugal. Os colégios fundados pelos jesuítas, não só contavam os fatos de forma sapiente, mas, movia o leitor à ação de fazer parte do que estavam lendo – os colégios assinalavam essas histórias-crônicas. Seguindo esta direção, apresentamos uma pesquisa intitulada Alexandre de Gusmão: Arte de Educar Meninos nos Bons Costumes, uma dissertação que mostra como a pedagogia era vista por Alexandre de Gusmão (1629 – 1724) em seu Tratado – Arte de Criar Bem os Filhos na Idade da Puerícia (1689). Mostrando como Gusmão participava da sociedade portuguesa, e de que forma os costumes deveriam ser ensinados. O Tratado apresenta valores morais e religiosos a serem ensinados a meninos nos primeiros anos de sua puerícia. Considerando a formação e obediência dos meninos no princípio da fé católica, na prudência e nos bons costumes (o que se realiza pela autoridade dos pais e professores, responsáveis pela boa ou má educação dos meninos). Gusmão apresenta uma preocupação central como educador: o desenvolvimento educacional da criança. O ensino da primeira infância no Tratado revela um arcano que tece teias de relações dos indivíduos entre si, mostrando vários níveis e de vários preceitos da forma de educar. As estruturas estão entrelaçadas e enraizadas na cultura humanista. Como esteio do Tratado, encontramos no Ratio Studiorum interconexões que nos levam a entender a vida colonial. Para Gusmão, a arte de educar baseia-se na boa criação, tanto os pais quanto os professores são tributários desde processo. O conjunto de práxis na educação (trans)forma um campo da pedagogia como uma maneira e razão de ligação dos homens entre si, tudo para o bem da República.
Abstract
Jose Maria de Paiva accents that the Portuguese of century XVI is marked by register spirit. The register, the report, the letter to the king was the forms to draw and to control the reality. Nothing it passed ahead unobserved of the eyes of the men of that time: an animal, a waterfall, the customs of the indians (the), etc. The order was conceived for the unit. Its constancy defines the conscience of the people; the deal international dictated it the way. With the economic growth the cities had grown, the money were became leading to a contact relation, the money became the symbol of the individualism marking a new age. This form to see the world, by means of a mercantile perspective launched one aporia: Why to know? This form to calculate and to formulate the reasoning took the men of centuries XVI and XVII to know the things in a different way of the old ones. What it is in game is not more the Sacred scriptures or the elaboration of a teocentric knowledge, does not want to say that it had an abandonment of God, only appeared an accented antropocentrism of valuation of the man. If the old form to know the things answers or not them requirements of the time, are not most important. Ratio is the manifestation of the spirit of the new spirit humanist and its gears show in the commercial experiences, in the philosophical movements as well as in Brazilian lands by means of the Jesuits. History was done in the scope of the pedagogy, the child is perceived. In the colony to argue pedagogy is to understand as a proportionate action for the Jesuits establishes a strategy that presents a harmony, that almost correct, in lands of king and Portugal. The colleges established for the Jesuits, not only counted to the form facts sapiente, but, the reader to the action moved to be part of what they were reading - the colleges designated these history-chronicles. Following this direction, we present an intitled research Alexander de Gusmão: Art To educate Boys in the Good Customs, a dissertation that it shows as the pedagogy one was seen for Alexander de Gusmão (1629 - 1724) in its Treating - Art To create the Children in the Age of the Childhood Well (1689). Showing as Gusmão it participated of the Portuguese society, and of that it forms the customs would have to be taught. The Treated one presents moral and religious values to be taught the boys in the first years of its childhood. Considering the formation and obedience of the boys in the beginning of the faith catholic, the prudence and the good customs (which is held by the authority of parents and teachers, responsible for good or bad education of boys). Gusmão presents a central concern as educator: the educational development of the child. The teaching of child care in the Treaty shows a mistery that weaves webs of relationships of individuals between them, showing various levels and various precepts of how to educate. The structures are interlaced and taken root in the culture humanist. Like a support to the Treaty, we find in Ratio Studiorum interconnections that carry us out to understand the colonial life. For Gusmão, the art to educate is based on the good creation, as much the parents how the teachers are tributaries since process. The set of práxis in the education transforms (and shape) a field of the pedagogy as a way and reason of linking of the men between itself, everything for the good of the Republic.