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Título
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO PULMONAR POR MEIO DA ESPIROMETRIA EM PACIENTES COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
Orientador
ESTER DA SILVA
Autor
ÉRICA NICOLAU BORGES
Palavra chave
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO, FUNÇÃO PULMONAR, ESPIROMETRIA.
Grupo CNPQ
Programa
MS - FISIOTERAPIA
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
27/02/2008
Nº Downloads
1650
Resumo
Este estudo teve como objetivo avaliar a influência do infarto agudo do miocárdio (IAM) na função pulmonar por meio da espirometria em homens de meia idade. Para isto, foram estudados 24 homens sedentários, divididos em 2 grupos de 12: grupo controle (G-C) (idade 54,80 3,23 anos), composto por voluntários saudáveis, e grupo com infarto agudo do miocárdio (G-IAM) (idade 55,9 11,24 anos). Os voluntários do G-C apresentaram capacidade aeróbia fraca, de acordo com AHA e um consumo de oxigênio (VO2 pico = 21 5 mL.kg-1.min-1), enquanto os do G-IAM apresentaram valores de VO2 pico compatível com a classificação "muito fraca" (VO2 pico = 16 2 mL.kg-1.min-1) durante o teste de exercício cardiopulmonar. As variáveis espirométricas do G-IAM foram avaliadas entre o 10° e o 15° dia após o IAM. A análise estatística foi realizada pelos testes não-paramétricos de Mann-Whitney para amostras não pareadas e pelo teste de Wilcoxon para amostras pareadas, com nível de significância estabelecido em 5%. Em relação às características antropométricas e variáveis cardiovasculares dos voluntários, os dois grupos apresentaram resultados semelhantes (p>0,05). Houve, no entanto, diferença significativa nos valores da CVL e da VVM entre o G-IAM e o G-C, bem como em relação ao predito com o obtido do G-IAM (p<0,05). Para as variáveis CVF, VEF1, razão VEF1/CVF e FEF 25%-75% do G-C e G-IAM, não houve diferença estatisticamente significante (p>0,05). Conclui-se, portanto, que a normalidade das variáveis espirométricas (CVF, VEF1, razão VEF1/CVF e FEF 25%-75%) que refletem o fluxo aéreo dos voluntários com IAM estão relacionadas à FEVE preservada e à classe clínica Killip I, ou seja, sem o comprometimento pulmonar. No entanto, a diminuição da CVL e da VVM pode ser atribuída à baixa capacidade física, assim como pelo tempo de repouso que os voluntários do G-IAM permaneceram no leito.
Abstract
This study aims to evaluate the influence of the acute myocardial infarction (AMI) on the lung function analysing the responses of the respiratory variables through spirometry in males affected by AMI and middle-aged males. Twenty four sedentary males were divided into 2 groups with 12 volunteers each one: the control group (C-G) (age 54,80 3,23 years) and the group with acute myocardial infarction (AMI-G) (age 55,9 11,24 years). The volunteers of the C-G showed weak aerobic capacity and a oxygen consumption (VO2 peak = 21 5 mL.kg-1.min-1). On the other hand, the AMI-G showed a very low consumption (VO2 peak= 16 2 mL.kg-1.min-1). The spirometric variables of the AMI-G were evaluated between 10th and 15th day after the AMI. The statistical analysis was composed by non-parametric tests from Mann-Whitney for non-paired sample and from Wilcoxon for paired sample with significance level set at in 5%. Considering the anthropometric characteristics and cardiovascular variables of the volunteers of the two groups, both of them had a similar result (p> 0.05). There was a significant difference in the values of SVC and MVV in comparison between AMI-G and C-G and also between the predicted and the obtained for AMI-G (p <0.05). There was no statistically significant difference for the variables FVC, FEV1, FEV1//FVC ratio and FEF25%-75% of the C-G and AMI-G (p> 0.05). It was concluded that the normality of the spirometric variables (FVC, FEV1,,FEV1/ FVC ratio and FEF25%-75%) which reflect velocity and air flow from the volunteers with AMI is related to the preserved LVEF and to the clinical class Killip I. In other words, there weren't harmful effects to the lung. However, the decrease of SVC and MVV can be attributed to the low physical capacity, moreover by the rest time that the AMI-G volunteers remained on the bed.