Visualização do documento
Título
A DIMENSÃO EDUCATIVA DO JORNALISMO
Orientador
ANNA MARIA LUNARDI PADILHA
Autor
LUCILLE ANGELLA VESCHI LEANE
Palavra chave
JORNALISMO, EDUCAÇÃO, JORNALISTA EDUCADOR.
Grupo CNPQ
Programa
MS - EDUCAÇÃO (PPGE)
Área
CIÊNCIAS HUMANAS
Data da defesa
19/09/2008
Nº Downloads
1841
Resumo
Posta a indubitável contribuição do jornalismo para a construção e o entendimento da realidade sócio-cultural-histórica e da atualidade, a presente pesquisa buscou problematizar a relação entre informação e formação de consciência exposta pela penetração do jornalismo na sociedade e sua óbvia capacidade de afetá-la em termos massivos. Nesta visão, propôs como questão-chave a possibilidade da relação jornalismo-sociedade conter uma faceta educativa/educadora, ou seja, uma dimensão educativa intrínseca, que necessitava ser debatida e aclarada. Assim, utilizando o arcabouço teórico alicerçado na ontologia materialista histórico-dialética marxiana e nos estudos bakhtinianos de linguagem, esta pesquisa procurou resgatar, evidenciar e discutir os conceitos mais fortemente presentes na área jornalística, buscando compreender sua episteme e seu modelo de práxis, propondo novas visões por meio do debate de seus conceitos em contraposição ao referencial bakhtiniano. É enfocada, ainda, a relevância e consistência do jornalismo em termos de sua validade enquanto produção de conhecimento, visão por meio da qual sua possibilidade educativa, aqui defendida, torna-se mais consistente. A pesquisa seguiu discutindo sob qual prisma de educação a atividade jornalística poderia ser aproximada, procurando tornar visível sua capacidade em mediar a relação transmissiva do conhecimento e demais aspectos pertinentes. Destas articulações resultaram questionamentos sobre a auto-visão dos jornalistas enquanto formadores/informadores, estabelecendo uma nova perspectiva sobre a profissão. Aponta que não-intencionalidade em educar, ou sua não-visualização, acaba por colaborar na distorção que pode resultar da participação da atividade jornalística como mediadora da construção/reconstrução das relações sociais. A pesquisa defende, por fim, a necessidade de se analisar a qualidade dessa educação e sua passagem de não-vista ou acidental para intencional. Indica que, mais que comunicadores, os jornalistas têm que se descobrir educadores, o que demandaria uma renovação da responsabilidade social deste profissional e passaria pela formação universitária dos novos jornalistas: nas relações concretas do meio universitário, por meio de sua construção/reconstrução, panoramas mais amplos poderão ser modificados.
Abstract
It is known the undoubted contribution of the journalism for the construction and the understanding of the social-cultural-historical reality and of the present time, this research searched to question the relation between information and formation of exposed awareness of the introduction of the journalism in the society and its obvious capacity of affecting it in massive features. In this vision, it sustains that the relation of the public journalism carries a pedagogical/educative prospect that is necessary to be clear and discussed. Thus, based in the theoretical outline found in the materialistic historical-dialectics marxist ontology and in the language studies of Bakhtin, this research sought to redeem, highlight and discuss the concepts more strongly presents in the journalistic field, trying to understand their episteme and its model of practice, proposing new visions through the discussion of its concepts as opposed to the benchmark bakhtiniano. It is still focused, the relevance and consistence of the journalistic praxis concerning to its validity as knowledge production, view through the one which the educational possibility of the journalism, defended by this study, becomes more solid. The search followed discussing prism of education under which the journalistic activity could be understood, trying to make visible their ability to mediate the relationship transmissive of knowledge and other relevant issues. From these discussions were resulted questions on the journalists’ self-vision while educators/informers, establishing a new thinking on the profession. Notes that nonintentional educating, or their non-visualization, ultimately collaborate in distortion that can result from the participation of journalistic activity as a mediator of construction/ reconstruction of social relations. The research argues, finally, the need to examine the quality of this education and their transition, from non-sight or accidental, to intentional. Indicates, more than communicators, the journalists have to discover themselves as educators, what would demand a renewal of this professional's social responsibility, also passes through the new journalists' academic formation: in the concrete relations of the academic environment, that through its building/re-building, gradually will be able to modify wider panoramas.
