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Título
AS RELAÇÕES DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL COM A BRINCADEIRA: DO BRINCAR NA RUA AO BRINCAR NA ESCOLA
Orientador
MARIA NAZARÉ DA CRUZ
Autor
IDA CARNEIRO MARTINS
Palavra chave
BRINCADEIRA; INFÂNCIA; EDUCAÇÃO INFANTIL; PRÁTICA PEDAGÓGICA; LEMBRANÇAS DE...
Grupo CNPQ
Programa
DR - EDUCAÇÃO (PPGE)
Área
CIÊNCIAS HUMANAS
Data da defesa
13/03/2009
Nº Downloads
19211
Resumo
Neste trabalho, investigamos as relações que professores de Educação Infantil estabelecem com as brincadeiras, tanto em sua história pessoal, vivida durante a infância, como em suas práticas pedagógicas e de formação, buscando apreender em seus depoimentos as suas concepções sobre a infância, o brincar e a Educação Infantil. Considerando que nascemos inseridos em relações sociais, nestas nos constituímos e desenvolvemos a nossa especificidade humana, nos apoiamos na teoria histórico-cultural proposta pelos estudos de L. S. Vigotski. Para o encaminhamento da pesquisa, nos baseamos nos procedimentos da metodologia da História Oral, sendo os dados da pesquisa obtidos através da gravação dos depoimentos dos professores ocorridos em dois momentos: um de discussões coletivas sobre o brincar na prática pedagógica dos professores, que ocorreram durante encontros de formação promovidos pela Rede Municipal de Ensino de uma cidade do interior do estado de São Paulo e outro em entrevistas individuais, com os sujeitos que aderiram a esta segunda fase, quando estes nos falaram sobre as suas vivências de brincadeiras de infância. Os resultados revelaram que as brincadeiras são relevadas nas práticas pedagógicas cotidianas, no entanto, no contexto da Educação Infantil, convivem contraditoriamente relações diversificadas e complexas, decorrentes de concepções e significados atribuídos pelos professores a esta prática social, marcadas, entre outras coisas, pelas suas experiências de infância. Neste sentido, a organização de espaços de discussão, onde os professores possam contrapor ou referendar suas concepções, são fundamentais para a estruturação de uma processo pedagógico para a Educação Infantil, de modo que legitime o brincar e considere todo o seu potencial educativo.
Abstract
In this work we investigate Child Education teachers’ relation to children’s games, both in the experience during their own childhood as well as in their teaching training and practice, looking for learning from their testimony what concept they have about childhood, the act of playing, and Child Education. Considering we are inserted into social relations from birth, and into them we grow and develop our human characteristics, we based our work on the cultural-history theory proposed by L. S. Vigotski. We based the procedures of our research on the Verbal History methodology, being the data collected by recording teachers’ testimony in two phases: during the group discussions about "playing" in their teaching practice during educational forums promoted by the Education Department of a city in São Paulo State (Rede Municipal de Ensino); and during individual interviews with those who participated on this second phase, when they told us about their childhood experiences. The results tell us that childhood games are part of daily teaching practice; however, in Child Education the relations are contradictorily diverse and complex in consequence of teachers’ given concept and meaning to this social practice due to their own childhood experience. In this sense, the promotion of teachers’ discussion meetings, where they can expose and debate their concepts, is fundamental to the Child Education process structuring, allowing the whole educational potential of "playing" to be explored.