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Título

EXERCÍCIOS DE FORÇA MUSCULAR DURANTE A HEMODIÁLISE E A SUA RELAÇÃO ENTRE O PARATORMÔNIO E CÁLCIO

Orientador

CLÁUDIA REGINA CAVAGLIERI

Autor

DENISE MARTINS PANETO CEREJA

Palavra chave

INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA, HEMODIÁLISE, EXERCÍCIO, HORMÔNIO PARATIREOIDEO.

Grupo CNPQ


Programa

MS - EDUCAÇÃO FÍSICA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

30/07/2009

Nº Downloads

2636

Resumo

A doença renal crônica (DRC) é considerada hoje um problema de saúde pública. No Brasil, o número de pacientes mantidos em diálise mais que dobrou nos últimos anos. Os distúrbios na homeostase do cálcio, do fósforo e do hormônio paratireoideo ou paratormônio (PTH), dentre outros, ocorrem precocemente nos pacientes com DRC e desempenham papel fundamental na fisiopatologia das doenças ósseas que acometem esses pacientes. A secreção prolongada de PTH, devido a hipocalcemia, resulta em absorção óssea com desenvolvimento de grandes cavidades, ou seja, uma osteoporose compensatória. É consensual na literatura especializada que atividades físicas de maior sobrecarga, como o treinamento de força muscular, causem estímulos osteogênicos devido ao aumento do estresse mecânico localizado nos ossos. O objetivo principal deste estudo foi investigar a influência da intervenção do treinamento de força muscular na concentração do paratormônio de pacientes com Insuficiência Renal Crônica (IRC) em hemodiálise. A hipótese que esse estudo buscou verificar foi à redução do paratormônio por meio da regulação da calcemia favorecida pelo depósito de cálcio ósseo que os exercícios de força muscular promovem. Participaram do estudo 15 portadores de insuficiência renal crônica em processo de terapia renal substitutiva com hemodiálise não superior a 5 anos, de ambos os sexos, com idade entre 35 e 65 anos. O treinamento constou de uma seqüência de exercícios gerais isométricos realizados durante a sessão de hemodiálise por um período de 12 semanas. Todos os voluntários foram submetidos à coleta sanguínea pré e pós o período de treinamento para dosagem de PTH, cálcio, fósforo e fosfatase alcalina. Os resultados pré e pós-aplicação do treinamento foram comparados através do teste "t" de Student (p < 0,05). Foi verificada uma redução significativa a 5% no PTH, fosfatase alcalina e cálcio. Não foi observada redução significativa na variável fósforo. Assim, concluiu-se com este estudo que o treinamento de força muscular pode ser capaz de reduzir a concentração de PTH, fosfatase alcalina e cálcio em pacientes hemodialisados e que os resultados encontrados indicam uma provável contribuição deste no metabolismo mineral relacionado a remodelagem óssea. Por outro lado, novos estudos devem ser conduzidos para esclarecer os mecanismos envolvidos.

Abstract

The Chronic Kidney Disease (CKD) is considered today a public health issue. In Brazil, the number of patients kept in dialysis has more than doubled in the last eight years. The disorders in the homeostasis of the calcium, the phosphorus and the parathyroid hormone or parathormone (PTH), among others, occur precociously in patients with CKD and perform a fundamental role on the anatomical pathology of the bone diseases that assault these patients. The prolonged secretion of PTH, due to hypocalcemia, results in a very evident absorption with the development of big cavities, that is, a compensatory osteoporosis. It's consensual in the specialized literature that physical activities with overload, like stregnth training , cause osteogenic stimulus due to the increase of mechanical stress located in the bones. The main reason of this study was to investigate the influence of the intervention of the strenght training on the profile of the parathyroid hormone of patients with chronic renal insufficiency (CRI) treated in hemodialysis. The hypothesis that this study meant to verify was the reduction of the parathormone caused by the regulation of the bone calcium deposit that the strenght exercise promote. Fifteen patients with chornic renal insufficiency in the process of substitutive renal therapy with hemodialysis not superior to 5 years, of both genders, with age between 35 and 65 years, participated on this study. The training consisted of a series of general isometric exercises performed during the hemodialysis session for a period of 12 weeks. All the volunteers were submitted to blood collection before and after the training for the PTH, Calcium, Phosphorus and Alkaline Phosphatase dosage. The results before and after the application of the training were compared using the "t" Student test (p < 0,05). It was verified a significant reduction of the 5% in the PTH, Alkaline Phosphatose and Calcium. It was not observed a significant reduction in the Phosphorus variable in the group studied. Thus, we can conclude with this study that the strength training was able to reduce the PTH, Alkaline Phosphatase and Calcium concentration in patients undergoing hemodialysis and that the results found indicate the need of studies with a bigger aount of time of intervention that can clarify the mechanisms envolved.