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Título

COMPARAÇÃO DAS RESPOSTAS CARDIOPULMONARES AGUDAS DE MULHERES SUBMETIDAS A PROTOCOLOS DE TREINAMENTO DE RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA E DE FORÇA MÁXIMA

Orientador

MARCELO DE CASTRO CESAR

Autor

RICARDO ADAMOLI SIMÕES

Palavra chave

TREINAMENTO, FORÇA, MULHERES, CONSUMO DE OXIGÊNIO.

Grupo CNPQ


Programa

MS - EDUCAÇÃO FÍSICA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

05/03/2010

Nº Downloads

2423

Resumo

O treinamento de força proporciona adaptações neuromusculares que aumentam a força, a resistência muscular, alteram a composição corporal e podem ter efeitos positivos sobre a capacidade aeróbia. Diversos estudos investigaram essa relação e a grande maioria não apontou aumentos significantes no consumo máximo de oxigênio (VO2max) e no limiar ventilatório (LV), os principais índices de limitação funcional cardiorrespiratória. Por outro lado, as respostas cardiorrespiratórias agudas de protocolos de treinamento de força, prescritos na literatura, foram pouco investigadas, principalmente em mulheres. Este estudo investigou as respostas cardiopulmonares de dois diferentes protocolos de treinamento de força em mulheres jovens. Participaram do estudo 22 mulheres com idade média de 22,9 + 3,4 anos. Todas as voluntárias foram submetidas aos testes cardiopulmonar e de repetição máxima (1RM). Os protocolos de treinamento foram de força máxima (Fmax), com 3 séries de 3 a 5 repetições, carga de 90% de 1RM e intervalos de 3 minutos entre as séries, e de resistência muscular localizada (RML), com 3 séries de 15 a 20 repetições a 50% de 1RM e intervalos de 1 minuto entre as séries. Durante as sessões de treinamento, foram realizadas medidas das variáveis cardiopulmonares e a determinação do consumo de oxigênio, por meio de analisador de gases metabólicos e módulo de telemetria. Não houve diferenças significantes entre os dias de treinamento de RML e Fmax na condição pré-treinamento, em todas as variáveis aferidas. Quanto às sessões de treinamento, o protocolo de RML apresentou maiores valores que o protocolo de Fmax (p ? 0,01), para as variáveis: volume do treino, consumo de oxigênio, ventilação pulmonar, pulso de oxigênio, frequência cardíaca e para os equivalentes ventilatórios de oxigênio e dióxido de carbono. O tempo total de treinamento foi maior (p ? 0,01) no treino de Fmax (p ? 0,01). Não houve diferenças significantes entre as sessões de treinamento para o coeficiente das trocas gasosas. Os percentuais do consumo de oxigênio foram inferiores a 20% do VO2max e inferiores a 35% do LV nos dois protocolos. Conclui-se que o protocolo de treinamento de RML apresenta maior sobrecarga cardiorrespiratória que o Fmax, embora ambos tenham apresentado uma modesta sobrecarga, para obterem-se melhoras na aptidão cardiorrespiratória.

Abstract

The strength training provide neuromuscular suit that improve strength, muscle endurance, alter body composition and may have benefits to aerobic capacity. Several studies investigated strength--aerobic relationship and majority didn't find improvements on main index of cardiorespiratory capacity - maximal oxygen uptake (VO2max) and on ventilatory threshold (VT). Few studies have investigated acute cardiorespiratory responses of strength training protocols, mainly in women. The purpose of this research was to evaluate acute cardiopulmonary of two distinct strength training protocols in young women. Twenty two health women age average of 22,9 + 3,4 years took part of the study. All volunteers did previous cardiopulmonary and one maximum repetition (1RM) tests and then underwent two strength training sessions with cardiopulmonary and oxygen uptake measurements made by metabolic cart and telemetry module. One of the strength session characterized local muscle endurance (RML) training with 3 sets of 15-20 repetitions at a 50% of 1RM test and 1 minute rest between sets. The other strength session designed a maximal strength (Fmax) protocol with 3 sets of 3-5 repetitions at 90% of 1RM test and 3 minutes rest between sets. There weren't significant differences at a rest before RML and Fmax sessions for all variables gauged. Between training sessions, RML showed significant higher values (p ? 0,01) than Fmax for strength session volume, oxygen uptake, carbon dioxide output, pulmonary ventilation, oxygen pulse, heart rate and ventilatory equivalents for oxygen and carbon dioxide. Only Fmax training length was significant higher (p ? 0,01) than RML, while exchange respiratory ratio showed no difference between protocols. Oxygen uptake of both protocols was below 20% of VO2max and 35% of VT. These findings indicate RML protocol provides higher cardiorespiratory overload compared with Fmax, but both are insufficient to induce improvements on cardiorespiratory capacity.