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Título
Influência de diferentes tipos de treinamento físico sobre a modulação
autonômica da frequência cardíaca e a capacidade funcional aeróbia de
mulheres jovens
Orientador
Ester da Silva
Autor
Nayara Yamada Tamburús
Palavra chave
Variabilidade da Freqüência cardíaca . Treinamento físico. Análise não linear.
Grupo CNPQ
Programa
MS - FISIOTERAPIA
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
15/02/2011
Nº Downloads
1581
Resumo
Objetivos: avaliar e comparar a modulação autonômica da frequência
cardíaca (FC) em repouso e as variáveis cardiorrespiratórias e metabólicas durante o teste ergoespirométrico de mulheres jovens treinadas em diferentes tipos de treinamento físico e correlacionar os índices da variabilidade da FC (VFC)com o consumo de oxigênio (VO2mL.kg-1.min-1). Metodologia: Foram estudadas 92 mulheres jovens, divididas em cinco grupos: treinamento intermitente (GIN,n=19), treinamento intervalado (GTI, n=15), treinamento combinado (GTC, n=17), treinamento de força (GTF, n=17) e controle (GC, n=24). Os procedimentos
experimentais foram realizados entre 7º e 10º dia do ciclo menstrual. Protocolo experimental: a) teste ergoespirométrico do tipo rampa (TE-R) máximo, com incremento de potência de 20 a 25 W/min; b) captação da FC e dos intervalos RR, a partir do registro do eletrocardiograma de repouso em tempo real, na postura supina. A análise da VFC foi realizada a partir dos cálculos da entropia de Shannon (ES), padrões da análise simbólica (0V, 1V, 2VS e 2VD) e entropia condicional corrigida (índice de complexidade (IC) e IC normalizado (ICN)). Análise estatística: Teste de Kruskal-Wallis com post hoc de Dunn e correlação de Spearman (p<0,05). Resultados: As variáveis cardiorrespiratórias e metabólicas obtidos no pico do TE-R e no limiar de anaeróbios (LA) ( 2 VO mL.kg-1.min-1 e L.min-1), produção de dióxido de carbônico ( 2 VCO L.min-1), ventilação (VE L.min-1) e potência (W)), apresentaram valores superiores nos grupos GIN, GTI e GTC se comparado ao GC (p<0,05), enquanto que o GTF apresentou valores similares ao GTC e GC (p>0,05), com valores de FC semelhantes (p>0,05). Observa-se também que, o GTF apresentou valores inferiores de 2 VO (mL.kg-1.min-1 e L.min-1), 2 VCO (L.min-1), em relação aos grupos GIN e GTI (p<0,05), e similar ao GTC,
somente no pico do TE-R. Quanto a análise da VFC, a ES foi similar entre os quatro tipos de treinamento e superior ao GC (p<0,05), porém os grupos GIN, GTI e GTC apresentaram valores inferiores para o padrão 0V%, e superiores para os índices 2VD% e IC em relação ao GC (p<0,05). Já o padrão 1V%, somente os grupos GIN e GTI apresentaram valores superiores ao GC (p<0,05), enquanto que o padrão 2VS% e ICN foram similares em todos os grupos. Foi encontrada correlação negativa e significativa entre o padrão 0V% e os índices de complexidade, sendo moderada para ES e fraca para o IC e ICN (p<0,05). O padrão 2VD% apresentou correlação positiva para o ICN (p<0,05). O padrão 1V%
apresentou correlação negativa somente com a ES (p<0,05). Na análise de
correlação entre os índices da VFC com o 2 VO obtido no pico do exercício, foi encontrada correlação significativa entre A ES, IC, ICN e padrões 0V% e 2VD% com o 2 VO mL.kg-1.min-1 (p<0,05). Conclusão: As adaptações do 2 VO e da VFC foram mais evidentes nos treinamentos físicos de moderada a alta intensidade com predomínio aeróbio. Sendo que no treinamento de força a modulação autonômica da FC e o 2 VO foram semelhantes ao controle. Assim, os resultados sugerem que a capacidade funcional aeróbia está associada com a modulação autonômica da FC.
Abstract
Objectives: to evaluate and compare autonomic heart rate (HR)modulation at rest and cardiorespiratory and metabolic variables during an
ergospirometric test in young women with different types of physical training, as well as to the relationship of HR variability (HRV) index with oxygen uptake (VO2 peak mL.kg-1.min-1). Methods: A total of 92 young women were divided into five groups: intermittent training (ING, n=19), interval training (ITG, n=15), combined training (CTG, n=17), strength training (STG, n=17) and control (CG, n=24). The experimental procedures were performed between the 7th and 10th days of the menstrual cycle. Experimental protocols included: a) maximum continuous ramp ergospirometric test (R-ET), with power output increments of 20
to 25 W/min; b) HR and R-R intervals being recorded in real time via
electrocardiogram in the supine position. HRV was analyzed by Shannon entropy (SE), symbolic analysis (0V, 1V, 2LV e 2ULV) and corrected conditional entropy (complexity index (CI) and normalized CI (NCI)). Statistical analysis included: Kruskal-Wallis with Dunn’s post hoc and Spearman correlation tests (p<0.05). Results: The metabolic and cardiorespiratory variables obtained at peak exercise and the anaerobic threshold (AT): 2 VO peak(mL.kg-1.min-1 and L.min-1), carbon dioxide output ( 2 VCO L.min-1), ventilation (VE L.min-1) and power output (W),
presented higher values in ING, ITG and CTG than CG (p<0.05), while STG
presented similar values to CG (p>0.05), including similar values for HR (p>0.05). Moreover, at peak exercise, STG presented lower values of 2 VO (mL.kg-1.min-1 e L.min-1) and 2 VCO (L.min-1) than ING and ITG (p<0.05), and similar values to CG. The HRV analysis, SE was similar among the four training groups and higher than CG, but the ING, ITG and CTG presented lower 0V% pattern values and higher of the 2ULV% pattern and CI than CG (p<0.05). For the 1V% pattern, only ING and ITG presented higher values than CG (p<0.05), while the 2LV% pattern and NCI
were similar among all groups. There was a significant and negative correlation between 0V% pattern and complexity index, with moderate SE, and weak CI and NCI (p<0.05). The 2ULV% pattern was positively correlated with NCI (p<0.05), while the 1V% pattern was negatively correlated only with SE (p<0.05). In the correlation analysis between HRV indexes and 2 VO peak, a significant correlation was found between SE, CI, NCI, 0V% and 2ULV% patterns with 2 VO (p<0.05). Conclusion: 2 VO and HRV adaptation was more evident in predominantly aerobic moderate to high intensity exercise training. In the strength training group autonomic heart rate modulation and 2 VO were similar to control. The results suggest, therefore that functional aerobic capacity is associated with autonomic HR modulation.