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Título

Influência do treinamento físico aeróbio sobre a função pulmonar de homens com doença arterial coronariana

Orientador

Marlene Aparecida Moreno

Autor

Taís Mendes de Camargo

Palavra chave

Doença arterial coronariana. Treinamento físico aeróbio. Função pulmonar.

Grupo CNPQ


Programa

MS - FISIOTERAPIA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

01/02/2011

Nº Downloads

1545

Resumo

Alguns estudos referem existir relação entre redução da função pulmonar e mortalidade relacionada à doença arterial coronariana (DAC), contribuindo para o aumento da incidência de morte por doença cardiovascular. No sentido de minimizar essas alterações, tratamentos não farmacológicos têm sido preconizados, estando entre eles a reabilitação cardíaca com ênfase no exercício físico. Objetivo: avaliar o efeito do treinamento físico aeróbio sobre a função pulmonar de homens com DAC + população. Materiais e métodos: foram estudados 23 homens de meia-idade com baixo nível de atividade física semanal, divididos em dois grupos, sendo: grupo treinado GT (n=14), com perda amostral de quatro sujeitos, totalizando assim, 10 voluntários, e grupo controle GC (n=9). Todos passaram por anamnese completa, exames bioquímicos de sangue, avaliação clínica, cardiovascular e espirométrica. As provas de função pulmonar foram efetuadas de acordo com as orientações da American Thoracic Society – ATS, no início e no final do protocolo experimental, obtendo-se os valores relativos da capacidade vital forçada (CVF), volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e da razão VEF1/CVF. Os 10 voluntários que compuseram o GT participaram do programa de treinamento físico aeróbio, o qual foi baseado nas respostas do consumo de oxigênio (VO2), da frequência cardíaca e da potência, obtidas a partir do teste ergoespirométrico. O protocolo de treinamento físico foi constituído por três sessões semanais de aproximadamente sessenta minutos, durante 16 semanas, totalizando 48 sessões. Para análise dos resultados foram utilizados os testes de Shapiro-Wilk, teste t pareado, teste t não pareado e coeficiente de correlação de Spearman, todos com nível de significância 5%. Resultados: os valores espirométricos obtidos na primeira avaliação mostraram que todos os voluntários apresentavam redução da função pulmonar em relação ao predito, e que tanto a CVF quanto o VEF1 não se correlacionaram com o tabagismo (r=0,23, p>0,05 e r=0,25, p>0,05 respectivamente). Na comparação entre as condições pré e pós treinamento houve um aumento significativo no GT tanto para a CVF quanto para o VEF1(p<0,05), o que não foi observado no GC (p>0,05). Na análise não pareada observou-se que na condição pré treinamento não houve diferença nos valores das variáveis espirométricas entre os grupos (p>0,05), no entanto, houve diferença significativa na condição pós treinamento, sendo os maiores valores observados no GT. (p<0,05). Conclusão: Houve aumento significativo da CVF e do VEF1 após quatro meses de treinamento físico aeróbio, sugerindo efeitos benéficos do exercício físico sobre a função pulmonar de pacientes com DAC+.

Abstract

Some studies report a relationship between reduced lung function and mortality related to arterial coronary disease (CAD), contributing to the increased incidence of death from cardiovascular disease. In order to minimize these changes, non-pharmacological treatments have been proposed, and among them the cardiac rehabilitation with an significance on exercise. Objective: To evaluate the effects of aerobic exercise training on pulmonary function in men with CAD+. Materials and methods: We studied 23 middle-aged men with low levels of physical activity weekly, divided into two groups: trained group GT (n = 14) with a sample loss of four subjects, totaling 10 volunteers, and CG control group (n = 9). All had a complete medical history, blood biochemistry, clinical, spirometric and cardiovascular. The pulmonary function tests were performed according to guidelines from the American Thoracic Society - ATS at the beginning and end of the experimental protocol, obtaining the relative values of forced vital capacity (FVC), forced expiratory volume in one second (FEV1) and FEV1/FVC ratio. The 10 volunteers comprised the GT participated in the program of aerobic exercise, which was based on responses of oxygen consumption (VO2), heart rate and power obtained from the cardiopulmonary exercise test. The exercise training protocol consisted of three weekly sessions of about sixty minutes, for 16 weeks, totaling 48 sessions. For data analysis we used the Shapiro-Wilk test, paired t test, unpaired t test and Spearman correlation coefficient, all with a significance level of 5%. Results: The spirometric values obtained in the first assessment showed that all volunteers had reduced lung function compared to those predicted, and that both the FVC and FEV1 were not correlated with smoking (r = 0.23, p >0,05 and r = 0, 25, p >0,05, respectively). In comparing the conditions before and after training a significant increase in both the GT and for FVC and FEV1 (p <0.05), which was not observed in CG (p> 0.05). Not paired in the analysis showed that in the pre training there was no difference in spirometric values between the groups (p> 0.05), however, significant differences in the post training, and the highest values observed in the TG. (p <0.05). Conclusion: A significant increase in FVC and FEV1 after four months of aerobic exercise, suggesting beneficial effects of exercise training on pulmonary function in patients with CAD +.