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Título
RESPOSTAS CARDIOPULMONARES AGUDAS DE MULHERES DURANTE EXERCÍCIOS DE RESISTÊNCIA DE FORÇA COMPARADAS COM EXERCÍCIO AERÓBIO NA MESMA DEMANDA ENERGÉTICA
Orientador
MARCELO DE CASTRO CESAR
Autor
GLAUBER CAETANO FERREIRA LOPES
Palavra chave
força muscular; consumo de oxigênio; mulheres.
Grupo CNPQ
Programa
MS - EDUCAÇÃO FÍSICA
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
14/02/2012
Nº Downloads
2429
Resumo
As respostas cardiopulmonares das mulheres frente a exercícios de resistencia de força e aeróbios ainda necessitam de maiores elucidações. Entretanto, o desenvolvimento da força muscular em homens tem sido o foco de diversos estudos. Assim, estudar os efeitos de sessões de exercícios de resistencia de força e aeróbio na aptidão cardiopulmonar de mulheres jovens passa a ser uma prioridade de profissionais ligados a saúde. Este estudo teve como objetivo comparar as respostas cardiopulmonares agudas entre exercícios de resistencia de força e aeróbio na mesma demanda energética em mulheres jovens e treinadas. Participaram nove mulheres com idades variando de 18 a 30 anos, em treinamento físico regular há mais de um ano. Para determinar o n da amostra foi aplicado o teste Power com poder de teste 0,99. Todas as voluntárias foram submetidas ao teste de 1 repetição máxima nos seguintes exercícios: supino reto, agachamento livre e rosca direta com a barra. Também foram submetidas a teste cardiopulmonar máximo em esteira. Os exercícios de resistencia de força consistiram em 3 séries de 25 a 30 repetições com uma carga próxima a 30% de 1 RM. Os exercícios aeróbios consistiram de uma caminhada em esteira, com duração de 20 minutos, no mesmo consumo de oxigenio dos exercícios resistidos de força. Para as medidas das variáveis cardiopulmonares durante as sessões foi utilizado um analisador de gases metabólicos. Foi verificada a normalidade dos dados segundo o teste de Shapiro-Wilks. Para a comparação entre os dados dos exercícios de resistência de força e aeróbio foi aplicado o teste t Student para dados pareados, sendo as variáveis que a pressuposição dos testes paramétricos foi verificada. Para as variáveis que os pressupostos não foram verificados, foi utilizado o teste de Wilcoxon. O nível de significância das análises foi de p ≤ 0,05. Não houve diferenças do consumo de oxigênio entre os exercício de resistência de força e aeróbio (p > 0,05), conforme a proposta do estudo. O exercício de resistencia de força mostrou maiores valores de frequência cardíaca (p ≤ 0,01), razão de trocas gasosas (p ≤ 0,01) produção de dióxido de carbono (p ≤ 0,05), ventilação pulmonar (p ≤ 0,05), equivalentes ventilatórios para o oxigênio (p ≤ 0,01) e para dióxido de carbono (p ≤ 0,05). O pulso de oxigênio foi maior na caminhada (p ≤ 0,01). Os resultados obtidos sugerem que o exercício de resistência de força proporciona maior resposta cronotrópica e ventilatória em relação ao exercício aeróbio na mesma demanda energética, em mulheres jovens treinadas. Os resultados indicam que o exercício de resistência de força estudado pode não ser suficiente para melhora da aptidão cardiorrespiratória em mulheres jovens treinadas.
Abstract
Cardiopulmonary responses of women against exercises of resistance strength and aerobic requires further elucidation. However the development of muscle strength in men has been the focus of several studies. Thus, studying the effects of sessions of exercise resistance strength and aerobic in cardiopulmonary fitness of young women becomes a priority of the health professionals involved. This study aimed to compare acute cardiopulmonary responses between exercise of resistance strength and aerobic in the same energy demand in young and trained women. Participated nine women aged 18 to 30 years in regular physical training for over a year. To determine the sample on the test was applied the Power test - power 0.99. All subjects were tested with 1 repetition maximum test in the following exercises: bench press, squat and biceps thread with bar. Also underwent maximal cardiopulmonary exercise testing on a treadmill. The exercise of resistance strength consisted of 3 sets of 25 to 30 repetitions with a load close to 30% of 1 RM. The aerobic exercise consisted of walking on a treadmill, lasting 20 minutes, at the same oxygen uptake of resistance strength exercise. For measurements of cardiopulmonary variables during the sessions was used a metabolic gas analyzer. It was verified the normality of the data using the Shapiro-Wilks test. To compare the data of resistance strength exercise and aerobic was applied the test t Student for paired data, and variables that the assumption of parametric tests was verified. For the variables that the assumptions were not verified, it was used the Wilcoxon test. The level of significance of the analyzes was p ≤ 0.05. There were no differences in oxygen uptake between resistance strength exercise and aerobic (p> 0.05), as the study proposal. The exercise of resistance strength showed higher values of heart rate (p ≤ 0.01), respiratory exchange ratio (p ≤ 0.01) production of carbon dioxide (p ≤ 0.05), pulmonary ventilation (p ≤ 0.05), ventilatory equivalents for oxygen (p ≤ 0.01) and for carbon dioxide (p ≤ 0.05). The oxygen pulse was higher in walking (p ≤ 0.01). The results suggest that resistance strength exercise provides greater chronotropic response and ventilatory response compared to aerobic exercise in the same energy demand, in trained young women. The results indicate that strength resistance exercise investigated may not be sufficient to improve cardiorespiratory fitness in young women trained.