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Título
ADAPTAÇÃO DO MODELO DE POTÊNCIA CRÍTICA AO KARATÊ E VALIDAÇÃO POR MÁXIMA FASE ESTÁVEL DE LACTATO
Orientador
Fúlvia de Barros Manchado Gobatto
Autor
RAMON MARTINS DE OLIVEIRA
Palavra chave
karate, modelo de potência crítica, protocolo específico, freqüência cardíaca,.
Grupo CNPQ
Programa
MS - EDUCAÇÃO FÍSICA
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
15/12/2011
Nº Downloads
1542
Resumo
Os objetivos deste estudo foram adaptar o modelo não invasivo de potência crítica para o karate, com intervalo de recuperação entre as seqüências de soco para determinar a capacidade aeróbia dos atletas (IC - intervalo crítico) e comparar estes resultados com a intensidade da máxima fase estavel de lactato (iMFEL). A capacidade aeróbica foi avaliada para doze atletas de Karate, bem treinados (6 homens e 6 mulheres, com idades entre 26 ± 2 anos) com cinco testes realizados em diferentes intensidades, e intervalo de repouso por 24 hrs. Em cada teste, os atletas realizaram a seqüência (golpe) até a exaustão, com intervalo ativo de movimentos de saltitos entre as seqüências. As intensidades foram impostas através de um teste piloto realizado, onde o intervalo de recuperação entre as seqüências de soco ocorreram em 2-6 segundos. Era esperado que a exaustão ocorresse entre 1 e 10 min. O modelo linear utilizado foi o de "intervalo vs. 1/tempo de exaustão" para determinar o IC dos atletas (intercepto-y). A fim de verificar a MFEL, os atletas realizaram 30 min de exercício contínuo em três intensidades (10% abaixo do IC, no IC e 10% acima do IC) com a concentração de lactato sanguíneo (LAC), sendo determinados a cada 5 minutos. Os resultados são expressos como a média ± EPM. O IC foi obtido em 16,7 ± 2.9s. O ajuste do modelo linear foi significativo (R2 = 0,95 ± 0,01). Em exercício contínuo abaixo da IC (um intervalo mais longo), todos os atletas mostraram estabilização lactato sanguineo (2,24 ± 0,36 mM). Os mesmos resultados ocorreram na intensidade IC. Em maior intensidade (um intervalo mais curto), um aumento progressivo da concentração de lactato foi observado. A MFEL foi observada na IC por 75% dos atletas, com um valor estável LAC de 3,59 ± 0,44 mM. O teste de intervalo crítico específico pode determinar a capacidade aeróbia dos atletas de karatê porque a MFEL foi encontrada nesta intensidade.
Abstract
The aims of this study were to adapt the non-invasive critical power model to karate using the recovery interval between punch sequences to determine the aerobic capacity of athletes (critical interval - CI) and to compare these results to the maximal lactate steady state intensity (MLSSi).The aerobic capacity of twelve well-trained karate athletes (6 men and 6 women, ages 26 ± 2 yrs old) was evaluated with five tests administered at different intensities and separated by 24 hrs. In each test, the athletes performed the sequence until exhaustion and included active hopping movements between the sequences. The intensities were imposed based on the recovery interval between punch sequences (2 to 6 seconds). It was expected that exhaustion would occur between 1 and 10 min. The linear "interval versus 1/time to exhaustion" model was used to determine the CI (y-intercept). In order to verify the MLSS, the athletes performed 30 min of continuous exercise at three intensities (10% below the CI, the CI and 10% above the CI) with blood lactate concentration (BLC) being determined every 5 min. The results are expressed as the mean ± SEM. The CI was obtained at 16.7± 2.9s was obtained. The linear fit of the model was significant (R2 = 0.95±0.01). In continuous exercise below the CI (a longer interval), all athletes showed BLC stabilization (2.24 ± 0.36 mM). The same results occurred at the CI intensity. At a higher intensity (a shorter interval), a progressive increase in the BLC was observed. The MLSS was observed at the CI for 75% of the athletes, with a stable BLC value of 3.59 ± 0.44 mM. The specific critical interval test can determine the aerobic capacity of karate athletes because the MLSS was found to occur at this intensity.