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Título

Comparação das Respostas Metabólicas, Cardiorrespiratórias e do Estresse Fisiológico na Intensidade de Esforço da Transição do Gasto Energético entre a Caminhada e Corrida em Homens Jovens

Orientador

Rozangela Verlengia

Autor

Lucas de CastroCardoso

Palavra chave

Locomoção, Caminhada, Corrida, Atividade física.

Grupo CNPQ


Programa

MS - EDUCAÇÃO FÍSICA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

26/03/2010

Nº Downloads

1345

Resumo

Caminhar em velocidades abaixo de 6 km/h e correr em velocidades acima de 8 km/h são eficientes e trazem benefícios ao organismo. Todavia, nessa faixa intermediaria de velocidade, não foi definida a melhor forma de locomoção. Portanto, se o trabalho realizado for maior que o custo de energia, ou viceversa,poderá trazer desordens ao funcionamento do organismo, condicionando-o ao estresse fisiológico, além disso, entender melhor os fatores que determinam a seleção do modo de locomoção seria um importante instrumento na prescrição de exercícios aeróbios. Deste modo, o objetivo desse estudo é comparar as respostas metabólicas, cardiorrespiratórias e do estresse fisiológico na intensidade de esforço anterior ao ponto de inversão calórica entre a caminhada e corrida, em homens jovens. Participaram do estudo 10 homens jovens ativos com as seguintes características: 24,2 ± 2 anos, 180,7 ± 3,8 cm e 79,5 ± 8,6 kg. Os sujeitos foram submetidos a um teste cardiopulmonar máximo em esteira, para determinação da aptidão cardiorrespiratória (48,1 ± 7,2 mL/kg/min). Para determinação da velocidade de transição foram realizados dois testes cardiopulmonares em esteira, um caminhando outro correndo, com carga inicial de 5 km/h com incremento de 0,5 km/h a cada minuto até a velocidade 9 km/h. A carga de transição entre a caminhada e a corrida foi determinada por meio da comparação do custo energético entre os dois modos de locomoção. A velocidade foi selecionada individualmente no ponto anterior da inversão calórica entre a caminhada e corrida. Os voluntários fizeram outros dois testes submáximos na carga de transição, um caminhando outro correndo, por 30 minutos. Foram realizadas coletas de sangue plasmático pré-teste, pós-teste e na fase de recuperação, 1, 2 e 4 horas após o termino do teste, M1, M2, M3, M4 e M5, respectivamente, para análise das variáveis: glicose; triacilglicerol (TG); colesterol total (CT) e frações HDL, LDL e VLDL; ácidos graxos livres (AGL), além do Lactato sanguíneo; Uréia; enzima creatina quinase (CK) e dos biomarcadores do estresse fisilógico, por meio das enzimas antioxidantes Superóxido Dismutase (SOD), Glutationa Peroxidase (GPx) e Grupamento sulfidrila (GS). Os resultados se mostraram homogêneos na maioria das variáveis, no entanto, a caminhada apresentou concentrações menores após o teste. Por outro lado os níveis plasmáticos do AGL aumentaram significativamente no M2 em relação aos valores obtidos na recuperação (M3). Também foi observada diferença nas respostas das enzimas antioxidantes SOD, que obteve seus níveis elevados no M5 em relação ao M2, para ambas as modalidades. Os dados apresentados não foram suficientes para determinar a melhor forma de locomoção entre caminhada e corrida, sugerindo que estudos futuros são necessários para elucidar melhor os fatores responsáveis pela escolha do melhor modo de locomoção, no entanto, a caminhada exerceu alterações significantes na oxidação dos substratos e ambos mostraram perfil antioxidante. Dessa forma, sugerimos que caminhar ou correr na velocidade estudada apresenta boas respostas metabólicas, cardiorrespiratórias e de estresse fisiológico, podendo ser utilizados na prescrição de exercícios aeróbios em indivíduos ativos.

Abstract

Walking at speeds below 6 km / h run at speeds above 8 km/h are effective and bring benefits to the body. However, this range of intermediate speed, was not the best set of locomotion. Therefore, if the work is greater than the cost of energy, or vice versa, you can bring disorder to the operation of the organization, linking it to physiological stress, in addition, to better understand the factors that determine the selection of the mode of locomotion would be an important tool in the prescription of aerobic exercises. Thus, the objective of this study is to compare the metabolic responses, and cardiorespiratory physiological stress in the intensity of effort before the reversal point calories from walking and running in young men. Participants were 10 active young men with the following characteristics: 24.2 ± 2 years, 180.7 ± 3.8 cm and 79.5 ± 8.6 kg. The subjects underwent a maximal cardiopulmonary exercise testing on a treadmill, to determine cardiorespiratory fitness (48.1 ± 7.2 ml / kg / min). To determine the speed of transition were performed two cardiopulmonary exercise testing on a treadmill, a walk another run, with initial charge of 5 km / h with an increment of 0.5 km / h every minute until the speed 9 km / h. The burden of transition from walking to running was determined by comparing the energy cost between the two modes of locomotion. The speed was selected in the previous inversion calories from walking and running. They took two submaximal tests in charge of transition, moving another one running for 30 minutes. Were collected from blood plasma pretest, post test and during the recovery phase, 1, 2 and 4 hours after the test finished, M1, M2, M3, M4 and M5, respectively, for analysis of the variables: glucose; triacylglycerol (TG), total cholesterol (TC) and HDL, LDL and VLDL, free fatty acids (FFA), as well as blood lactate, urea, creatine kinase (CK) and biomarkers of stress by means of antioxidant enzymes Superoxide Dismutase (SOD), glutathione peroxidase (GPx) and Reverse sulfhydryl (GS). The results were homogeneous in most of the variables, however, the walk had lower concentrations after the test, on the other hand the plasma levels of FFA increased significantly in M2 compared to values obtained from recovery (M3). There were also differences in the responses of antioxidant enzymes SOD, which has its high levels in the M5 than M2 for both modalities. The data presented were not sufficient to determine the best way to get around between walking and running, suggesting that future studies are needed to elucidate the factors responsible for choosing the best mode of locomotion, however, walk exerted significant changes in the oxidation of substrates and both showed antioxidant profile. Thus, we suggest you walk or run at the speed study has good responses, metabolic, cardiorespiratory and physiological stress, which can be used when prescribing aerobic exercise in active individuals.