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Título
Relação do Polimorfismo I/D do Gene ACE com a
Capacidade Funcional Aeróbia de Mulheres Jovens
Orientador
Rozangela Verlengia
Autor
Marco Antônio dos Santos Carneiro Cordeiro
Palavra chave
Gene ACE, polimorfismo I/D, capacidade aeróbia, mulheres jovens.
Grupo CNPQ
Programa
MS - EDUCAÇÃO FÍSICA
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
01/03/2010
Nº Downloads
1615
Resumo
Estudos relatam que o polimorfismo de inserção/deleção (I/D) do gene ACE (polimorfismo ACE indel) pode influenciar a capacidade aeróbia de atletas e não-atletas. Entretanto, o impacto dessa variante genética sobre a capacidade aeróbia ainda é controverso. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a influência do exercício físico regular sobre variáveis cardiorrespiratórias e investigar a relação do polimorfismo ACE indel com a capacidade funcional aeróbia de mulheres jovens. Foram estudadas 134 mulheres caucasianas saudáveis, com faixa etária de 18 a 30 anos, sendo 71 voluntárias fisicamente ativas (não-atletas) (GA) e 63 sedentárias (GS). As voluntárias fisicamente ativas praticavam atividade física por no mínimo um ano, 3 a 4 vezes por semana; e as modalidades praticadas variavam entre futebol, luta, corrida, musculação, voleibol, handebol e spinning. A caracterização da aptidão física das voluntárias foi realizada com aplicação do Questionário Internacional de Classificação do Nível de Atividade Física e pelo teste ergoespirométrico do tipo rampa (TE-R). As voluntárias foram submetidas a TE-R com incremento de potência de 20 (para as sedentárias) e 25 (para as ativas) W/min, para determinação das variáveis: cardiovasculares, frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD); ventilatórias, consumo de oxigênio ( ), produção de dióxido de carbono ( ) e ventilação pulmonar (VE); metabólica, relação de trocas gasosas (RER); e muscular, potência (Pot). O DNA genômico foi extraído dos leucócitos do sangue utilizando-se o método salting out e o polimorfismo foi identificado pela técnica PCR, seguida de PCR confirmatória para os genótipos DD (deleção/deleção). Para análise estatística foram utilizados a análise de Variância (ANOVA) three-way, modelo misto (componente aleatório e componente fixo), interação dupla aleatória com post hoc de Tukey (nível de significância de 0,05), e o teste Qui-quadrado (2), com nível de significância estabelecido em 5%. As análises foram realizadas a partir do software SPSS 16.0 for Windows. O equilíbrio de Hardy-Weinber, para distribuição dos genótipos, foi testado pelo teste Qui-quadrado (2), com o auxílio do programa QBasic. Como resultados, comparando o GS ao GA (independente dos genótipos), o GA apresentou maiores valores de , Pot, ,VE e menores de FC de repouso (p<0,05). As frequências genotípicas e alélicas das ativas não foram diferentes estatisticamente das freqüências das sedentárias (p>0,05). Com relação às variáveis analisadas ( , Pot, FC, ,VE, RER, PAS e PAD) no GA, os valores foram similares entre as portadoras dos três genótipos (p>0,05). Da mesma forma, no GS os valores das variáveis não diferiram entre as portadores dos diferentes genótipos (p>0,05). Sendo assim, concluiu-se que não houve relação entre o polimorfismo ACE indel e o desempenho da capacidade aeróbia em mulheres sedentárias e ativas. O exercício físico regular promove adaptações metabólicas e fisiológicas benéficas ao organismo, como aumento da capacidade funcional aeróbia.
Abstract
Studies suggest that the polymorphism of insertion / deletion (I / D) ACE gene (ACE indel polymorphism) can influence the aerobic capacity of athletes and non-athletes. However, the impact of this genetic variant on the aerobic capacity is still controversial. The present study aimed to evaluate the influence of regular exercise on cardiorespiratory variables and investigate the relationship of the ACE indel polymorphism with functional aerobic capacity of young women. We studied 134 healthy Caucasian women, aged between 18 and 30, and 71 physically active volunteers (non-athletes) (GA) and 63 sedentary (GS). The volunteers physically active physical activity for at least a year, 3 to 4 times a week, with the customary practice varied between football, wrestling, running, weight lifting, volleyball, handball and spinning. The characterization of the physical fitness of the volunteers was performed with application of the International Classification of Level of Physical Activity and cardiopulmonary exercise test by a ramp (TE-R). The volunteers were subjected to ET-R Incremental power of 20 (for the sedentary) and 25 (for active) W / min to determine the variables: cardiovascular, heart rate (HR), systolic blood pressure (SBP) and (DBP), ventilation, oxygen consumption ( ), production of carbon dioxide ( ) and pulmonary ventilation (VE); metabolic gas exchange ratio (RER), and muscle power (Pot). Genomic DNA was extracted from blood leukocytes using the salting out method and the polymorphism was identified by PCR, followed by confirmatory PCR for genotypes DD (deletion / deletion). The statistical analysis used analysis of variance (ANOVA) three-way, mixed model (random component and fixed component), two random interaction and post hoc tests (significance level of 0.05), and chi-square (2), with significance level set at 5%. The tests were carried out using the software SPSS 16.0 for Windows. The Hardy-Weinbar for the distribution of genotypes, was tested by chi-square (2) with the help of the QBasic. As a result, comparing the GS to GA (independent of genotype), the GA showed higher values, Pot, VE and lower resting HR (p <0.05). The genotypic and allelic frequencies for active women were not statistically different frequencies of sedentary (p> 0.05). Regarding the variables ( , Pot, FC, VE, RER, SBP and DBP) in the GA, the values were similar between those with the three genotypes (p> 0.05). Similarly, the SG values of the variables did not differ between carriers of different genotypes (p> 0.05). Therefore, it was concluded that there was no relationship between the ACE indel polymorphism and performance of aerobic capacity in sedentary and active. Regular exercise promotes metabolic and physiological adaptations beneficial to the body, such as increased functional aerobic capacity.