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Título

DIREITO DIFUSO AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO: CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO POPULAR NO DIREITO A CIDADES SUSTENTÁVEIS

Orientador

Paulo Affonso Leme Machado

Autor

SERGIO CLARO BUONAMICI

Palavra chave

Estado de Direito. Cidadania. Meio ambiente. Equilíbrio Estatuto da Cidade...

Grupo CNPQ


Programa

MS - DIREITO (PPGD)

Área

CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Data da defesa

29/02/2012

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Resumo

O presente trabalho analisa a evolução do Estado de Direito e a formação do conceito de cidadania, incorporado na Constituição Federal de 1988 como premissa do Estado Democrático e Social de Direito. No esteio social democrático que caracteriza a República Federativa do Brasil, irradiam direitos fundamentais e surgem direitos difusos e coletivos que permitem o exercício da cidadania na busca permanente de bem-estar social. O meio ambiente ecologicamente equilibrado inclui o urbano, cuja proteção é incumbida ao poder público e à coletividade, e encontra sua base na Constituição Federal, principal fonte de princípios e da normatividade ambiental. A instituição de uma política urbana por parte da União tem por fim consolidar o direito a cidades sustentáveis e, no afã de disciplinar esse direito, o Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001) atribuiu aos Municípios a responsabilidade de executar essa política pública, com observância às diretrizes gerais por ele estabelecidas. O Estatuo da Cidade revela a maturidade política da sociedade brasileira pós-Constituição de 1988 e a auto-determinação da população nos destinos da gestão urbana. No Estatuto da Cidade estão previstos importantes instrumentos por meio dos quais é possível a construção de uma nova realidade urbana no nosso País, revertendo a tradição nacional de relegar o planejamento das cidades. Ele define o conteúdo do direito a cidades sustentáveis: direito à terra urbana; direito à moradia; direito ao saneamento ambiental; direito à infraestrutura urbana; direito ao transporte e aos serviços urbanos; direito ao trabalho e direito ao lazer. Mereceram análise mais acurada neste trabalho e seleção criteriosa os instrumentos que prestigiam o direito de participação na formulação, implementação e fiscalização de política urbana, dentre os quais o Plano Diretor e o Estudo de Impacto de Vizinhança, e a gestão democrática da cidade, bem como os meios pelos quais se concretizam. Finalmente, concluise que não mais se coaduna a gestão das cidades sustentáveis sem a intervenção e a interferência direta do cidadão e, em última análise, da sociedade.

Abstract

The present work analyses the evolution of State of Law and the formation of the concept f citizenship, incorporated in the 1988 Federal Constitution as a premise of the Democratic and Social State of Law. In the social democratic support that characterizes the Brazilian Federative Republic, fundamental rights irradiate and diffuse and collective rights appear that permit the exercise of citizenship in permanent search for social welfare. The ecologically balanced environment includes the urban, whose protection concerns to the public power and to the population, and finds its base at the Federal Constitution, main source of principles and of the environment normative. The institution of an urban policy by the Union aims consolidate the right to sustainable cities and in the effort to have power over this right, the City Statute (Law n. 10.257, from 10 of July of 2001) attributed to the Municipality the responsibility to implement this public policy, in compliance with the general guidelines by it established. The City Statute the political maturity of the Brazilian society post-Constitution of 1988 and the population self-determination in urban management destinies. In the City Statute important mechanisms are predicted by means of which it is possible the building of a new urban reality in our country, reversing the national tradition of relegating the cities‟ planning. It defines the right content to sustainable cities: right to land; right to home; right to environment sanitation; right to urban infra-structure; right to transportation and urban services; right to work and right to leisure. In this work the means that privilege the right of participating in the formulation, implementation and supervision of urban policy among which the Director Plan and Neighbourhood Impact Study and the city democratic management as well as the means by they materialize, deserved a more accurate analysis and a judicious selection. Eventually, one concludes that it is no longer possible to unite the sustainable cities‟ management without the intervention and the straight interference of the citizen, and in a final analysis, of society.