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Título

O perfil metabólico de músculos desnervados e estimulados eletricamente associado ao tratamento com picolinato de cromo.

Orientador

Prof. Dr. Carlos Alberto da Silva

Autor

Marcella Damas Rodrigues

Palavra chave

Picolinato de Cromo, Desnervação, Estimulação Elétrica.

Grupo CNPQ


Programa

MS - FISIOTERAPIA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

04/02/2014

Nº Downloads

824

Resumo

As interações entre a inervação motora e a homeostasia energética das fibras musculares são temas de estudos que fazem parte de muitos grupos de pesquisa, havendo consenso que após a secção do nervo, a captação da glicose e aminoácidos estimulada pela insulina torna-se reduzida, predispondo a hipotrofia. Dentre as opções de suplementação que se encontra em uso atualmente, o cromo merece destaque visto que é um mineral que participa efetivamente do metabolismo de carboidratos, principalmente co-atuando com a insulina, melhorando a tolerância à glicose, influenciando no metabolismo protéico, promovendo maior estímulo à captação de aminoácidos e síntese protéica. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar por meio de técnicas de aplicação bioquímica e laboratorial, a ação do picolinato de cromo sobre o perfil metabólico do músculo esquelético desnervado bem como a sensibilidade tecidual á insulina na presença ou ausência da estimulação elétrica neuromuscular. Para tal, foram utilizados ratos Wistar de 2- 3 meses de idade (180-200g) divididos em grupos experimentais (n=6): Controle (C), Desnervado 7 dias (D), Tratado com picolinato de cromo 7 dias (T), Desnervado 7 dias e Tratado com picolinato de cromo (DT), Controle Estimulado Eletricamente (CEE), Desnervado 7 dias e estimulado eletricamente (DEE), Desnervado 7 dias Tratado com picolinato de cromo e Estimulado eletricamente (DTEE). As análises realizadas foram: índice de toxicidade hepática avaliando as enzimas AST, ALT, índice de função renal através da dosagem da creatinina; eletrocardiografia; secreção da insulina; captação da 2-deoxiglicose, conteúdo de glicogênio dos músculos sóleo, gastrocnêmio branco e vermelho; peso e proteína total do sóleo e responsividade a insulina. Na análise estatística utilizou-se análise de variância e teste post-hoc de Tukey (p<0,05). Não foi observado toxicidade hepática ou renal ligada ao tratamento com picolinato ou modificações no padrão elétrico cardíaco. Nas provas de função da secreção da insulina representada pelas ilhotas isoladas, não foi observado alterações frente à responsividade a glicose e também não modificou a glicemia em jejum, no entanto, foi constatado elevação na constante de captação da hexose. Na avaliação do metabolismo da glicose em fatias do músculo sóleo isolado e incubados com 2-deoxiglicose, foi verificado aumento na captação associado a uma baixa taxa de oxidação e ainda, destaca-se a formação de reservas de glicogênio. Merece destacar também que as reservas glicogênicas foram elevadas na presença do picolinato de cromo mesmo frente a condição da desnervação, no entanto, o picolinato de cromo não manifestou efeito protetor da proteólise decorrente do processo de desnervação, bem como no que se refere a relação proteína total/DNA. Diante dos eventos ligados à estimulação elétrica, foi observado que os benefícios metabólicos bem como a capacidade de promover redução da perda de massa, foram potencializados quando a eletroterapia foi associada ao picolinato de cromo. Conclusão: O tratamento com picolinato de cromo proporcionou ajustes preferencialmente ligados à homeostasia metabólica não sendo observado expressão no âmbito catabólico. As ações foram mais significativas quando o tratamento é associado à estimulação elétrica.

Abstract

The interactions between energy homeostasis and motor innervations of muscle fibers are subjects of studies that part of many research groups, there is parity that after nerve section, the uptake of glucose and amino acids stimulated by insulin becomes reduced, predisposing to hypotrophy. Among the options supplementation that is in use today, Chrome noteworthy since it is a mineral that actually participates in the metabolism of carbohydrates , especially with co- acting insulin, improving glucose tolerance, influencing protein metabolism by promoting greater stimulation of amino acid uptake and protein synthesis. The objective of this study was to evaluate by biochemical techniques and laboratory application, the action of chromium picolinate on the metabolic profile of skeletal muscle denervation and tissue sensitivity to insulin in the presence or absence of neuromuscular electrical stimulation. For this purpose, Wistar rats were 2 - 3 months of age (180 - 200g) divided into experimental groups (n = 6): Control (C) Denervated 7 days (D), treated with chromium picolinate 7 days (T) , Denervated 7 days and treated with chromium picolinate (DT) , Electrically stimulated Control (EEC) , Denervated 7 days and Electrically stimulated (DEE) , Denervated 7 days treated with chromium picolinate and Stimulated electrically (DTEE). The analyzes were: Liver toxicity index evaluating AST, ALT, index of kidney function enzymes through the measurement of creatinine; Electrocardiography; Secretion of insulin, 2 - deoxyglucose uptake, Glycogen content in soleus , gastrocnemius white and red; Weight and total protein of the soleus and Responsiveness to insulin. Statistical analysis we used ANOVA and post-hoc Tukey test (p < 0.05). No hepatic or renal toxicity linked to treatment with chromium picolinate or changes in heart electrical pattern was observed. Tests of pancreatic function represented by secretion of insulin from isolated islets was not observed changes associated with responsiveness to glucose and also did not change fasting glucose; however, was found in the constant increase of hexose uptake. In the assessment of glucose metabolism in soleus muscle slices isolated and incubated with 2 - deoxyglucose, was found increased uptake associated with a low rate of oxidation and also highlights the formation of glycogen reserves. Deserves to highlight that the glycogen reserves were high in the presence of chromium picolinate same condition ahead of denervation, however, chromium picolinate has not shown a protective effect of proteolysis resulting from denervation process as well as with regard to protein ratio total/DNA. Given the events connected to electrical stimulation, we observed that the metabolic benefits well as the ability to promote reduction of mass loss, were potentiated when electrotherapy was associated with chromium picolinate. Conclusion: Treatment with chromium picolinate adjustments provided preferably linked to metabolic homeostasis with no expression observed in catabolic context. The actions were more significant when treatment is associated with electrical stimulation.