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Título

A RAZÃO TESTOSTERONA/CORTISOL NA AVALIAÇÃO DO ESTADO DE TREINAMENTO DE ATLETAS DE ALTO RENDIMENTO DA MODALIDADE FUTEBOL.

Orientador

Ídico Luiz Pelegrinotti

Autor

PEDRO LUIZ BULGARELLI

Palavra chave

futebol, testosterona, cortisol.

Grupo CNPQ


Programa

MS - EDUCAÇÃO FÍSICA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

27/02/2013

Nº Downloads

1477

Resumo

Um programa de treinamento adequado de acordo com as características específicas da modalidade e o monitoramento do processo adaptativo dos atletas é fundamental para o sucesso esportivo, com isso, o presente estudo teve como objetivo analisar o programa de treinamento, as concentrações de testosterona, cortisol e a razão testosterona/cortisol de futebolistas profissionais durante o período preparatório de cinco semanas e correlaciona-las com o volume de treinamento e a performance neuromuscular. Participaram do estudo 17 futebolistas profissionais, incluindo goleiros, com 25,4 ± 4,4 anos, 180,5 ± 7,8 cm de estatura e 79,8 ± 8,3 kg de peso corporal. A normalidade da amostra foi verificada por meio do teste de Shapiro Wilks, para analisar os níveis de significância foi utilizado o teste t de student para as amostras pareadas, foi realizado o Anova One Way para analise de variância das concentrações hormonais e foi utilizada a correlação de Pearson para analise de correlação entre a performance e as concentrações hormonais. Foi adotado o nível de significância p≤0,05. O conteúdo do programa de treinamento apresentou predominância na capacidade de resistência e treinamento especial (69,31% do total aplicado). A performance neuromuscular apresentou diferença significativa (p ≤ 0,05) na potência relativa, de 50,8 ± 2,2 para 49,7 ± 2,3 W/Kg, altura do SCM de 41,5 ± 3,2 para 39,0 ± 2,9 cm e no tempo de voo no SCM de 579,4 ± 22,2 para 564,0 ± 21,6 ms. Foi observado variação significativa nas concentrações hormonais de cortisol entre a primeira e terceira semanas, de 5,8±2,5 para 9,6±4,5 pg/mL (p ≤ 0,05), e na razão testosterona/cortisol entre a primeira e terceira semana, de 34,1±19,0 para 15,3±7,9 pg/mL (p ≤ 0,05) e entre a terceira e quinta semana, de 15,3±7,9 para 28,0±11,5 pg/mL (p ≤ 0,05). Foi observada correlação significativa apenas entre as concentrações de testosterona e o volume de treinamento, r = -0,879 (p = 0,04). Os dados encontrados no presente estudo indicam que o programa de treinamento aplicado não foi adequado para a melhora da performance neuromuscular de futebolistas, e que a razão T/C pode ser utilizada como um indicador do estado de treinamento em futebolistas profissionais.

Abstract

An appropriated training program in accordance to the specific skills of soccer and monitoring of athletes adaptation to the training program is key to sporting success, to this, the present study aimed to analyze the training program, the concentrations of testosterone, cortisol and testosterone/cortisol ratio in professional soccer players for five weeks of preparatory period and correlates them with the training volume and neuromuscular performance. 17 professional soccer players were volunteers in the study, including goalkeepers, with 25,4 ± 4,4 years, 180,5 ± 7,8cm height and 79,8 ± 8,3Kg body weight. The normality of the sample was verified by the Shapiro Wilks, to analyze the significance levels we used the Student t test for paired samples, One Way Anova was performed for analysis of variance of hormone concentrations, and Pearson´s correlation was performed for analysis of correlation between performance and hormonal concentrations. It was adopted a significance level of p ≤ 0,05. The content of the training program was predominant in endurance and specific training (69,31% of total performed). The neuromuscular performance, presented significant difference (p≤0,05) in relative power, 50,8±2,2 to 49,7±2,3 W/Kg, SCM height, 41,5±3,2 to 39,0±2,9 cm and the flight time on SCM, 579,4±22,2 to 564,0±21,6 ms. Significant variation was observed in hormone concentrations of cortisol between the first and third weeks, 5,8 ± 2,5 to 9,6 ± 4,5 pg/mL (p≤0,05), and testosterone/cortisol ratio between the first and third weeks, 34,1 ± 19,0 to 15,3 ± 7,9 pg/mL (p≤0,05) and between third and fifth weeks, 15,3 ± 7,9 to 28,0 ± 11,5 pg/mL (p≤0,05). Significant correlation was observed only between testosterone concentrations and volume of training, r = -0,879 (p=0,04). The data in the present study indicate that the training program applied was not appropriate for the improvement of neuromuscular performance of soccer players, and the testosterone/cortisol ratio can be used as an indicator of training status in professional soccer players.