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Título

Efeitos De Um Programa de Exercícios Físicos Monitorado à Distância na Aptidão Física de Mulheres Obesas

Orientador

Profa. Dra. Eli Maria Pazzianotto Forti

Autor

KATIA FERREIRA MORAIS

Palavra chave

Obesidade, testes físicos, capacidade funcional, treinamento físico, composição corporal, distância percorrida.

Grupo CNPQ


Programa

MS - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

25/02/2016

Nº Downloads

1104

Resumo

A prática de exercícios físicos é uma grande aliada da população no controle da obesidade. Porém, a aderência de obesos em programas de exercícios físicos, principalmente em academias ainda é muito pequena e isso se deve a uma série de fatores, dentre eles o emocional, o físico e o financeiro. O objetivo desde estudo foi avaliar o efeito de um programa de exercícios físicos monitorado à distância na aptidão física de mulheres obesas. Foram triadas e avaliadas mulheres obesas com Índice de Massa Corporal (IMC) >30 e < 55 kg/m2 e com idade entre 20 e 59 anos. A avaliação inicial foi constituída de avaliação antropométrica como estatura, massa corporal (MC), circunferências da cintura (CC) e do quadril (CQ), aptidão cardiorrespiratória de forma indireta, por meio do teste do degrau 6 minutos (TD6), capacidade funcional por meio do Incremental Shuttle Walking Test (ISWT), força indireta dos membros inferiores por meio dos testes de sentar e levantar e flexibilidade do tronco e dos músculos isquiotibiais, pelo teste de sentar e alcançar. Todas as voluntárias receberam orientações gerais sobre os benefícios da realização de exercícios físicos e foram orientadas quanto a realização dos mesmos por meio de instruções específicas e demonstrações dos protocolos de exercícios contidos em cartilha de exercícios elaborada pelos pesquisadores. Após as devidas orientações as voluntárias foram pareadas por idade e IMC e divididas em dois grupos. O grupo treinamento monitorado à distância (GTMD), foi formado por quatorze voluntárias, que receberam ligações e mensagens telefônicas para controle, incentivo e motivação na realização das sessões de treinamento durante a semana e, ao final de cada mês, por meio de uma nova sessão, foram feitas readequações dos exercícios em relação ao número de séries e de repetições. O programa de treinamento constou de aquecimento, exercícios aeróbios, exercícios de força muscular e desaquecimento, teve duração de três meses, realizados três vezes por semana com duração aproximadamente uma hora cada sessão. O grupo controle (GC) foi formado por quatorze voluntárias sendo que todas receberam as mesmas orientações iniciais e a cartilha de treinamento, porém não receberam nenhuma ligação telefônica ou qualquer tipo de contato. Ao final do terceiro mês os dois grupos foram reavaliados. Os resultados evidenciaram que as voluntárias do GTMD obtiveram após o treinamento, redução significativa da MC em quilogramas (Kg) (de 106,9±22 para 102,5±23,9; p=0,006), do IMC em Kg/m2 (de 41,2±6,6 para 39,5±7,4; p=0,005), da CC em centímetros (cm) (de 109±14 para 106±13; p=0,009), da CQ em cm (de 130±12 para 126+13; p=0,04), aumento da distância percorrida no ISWT em metros (m) (de 322±61 para 388±82; p=0,001), aumento do número de subidas avaliadas no TD6 (de 136±20 para148±24; p=0,01), aumento do número de movimentos de sentar e levantar (de 11±1,7 para 13,4±2,5 p=0,0001) e melhora da flexibilidade avaliada através do teste de sentar e alcançar em cm (de 23,3±10,1para 26,7±10,7 p=0,0001). Quando comparados os dois grupos por meio das diferenças, o GTMD também obteve redução significativa da MC (de 0,76 para – 4,39; p=0,02), IMC (de 0,08 para -1,71 p=0,01), da CQ (de 1,86 para -3,86; p=0,01), e aumento significativo da distância percorrida no ISWT (de 12,36 para 55,71; p=0,02), do número de subidas avaliadas no TD6 (de 2,79 para 11,7 p=0,001), do número de movimentos de sentar e levantar (de -2,29 para 2,76 p=0,0006) e da flexibilidade do tronco e de músculos isquiotibiais verificada através do teste de sentar e alcançar (de -1,04 para 3,43 p=0,007). Desta forma pode- se concluir 7 que o programa de exercícios físicos monitorado à distância, teve efeitos benéficos, melhorando todos os componentes da aptidão física de mulheres obesas.

Abstract

Exercise is a powerful ally against obesity in the population. However, adherence to exercise programs, especially in gyms, is still very low due to a number of emotional, physical, and financial factors. The objective of this study was to evaluate the effect of an exercise program monitored remotely on the physical fitness of obese women grades II and III in relation to anthropometric characteristics, cardiorespiratory fitness, lower limb muscle strength, and trunk and hamstring muscle flexibility. We screened and evaluated obese women with body mass index (BMI)> 30 and <55 kg/m2 and age between 20 and 59 years. The initial evaluation consisted of anthropometric measurements, including height, body mass (BM), waist circumference (WC), hip circumference (HC), cardiorespiratory fitness measured indirectly by the six-minute step test (6MST), functional capacity in the Incremental Shuttle Walking Test (ISWT), indirect lower limb strength in the sit to stand test, and trunk and hamstring muscle flexibility in the sit and reach test. The volunteers received general guidance on the benefits of exercise and specific instructions and demonstrations of the exercise protocols contained in the exercise booklet developed by the researchers. The three-month training program consisted of warm-up, aerobic, resistance, and cool-down exercises in one-hour sessions three times a week. After orientation, the volunteers were matched for age and BMI and divided into two groups. The remote monitoring exercise group (RMEG) consisted of 14 volunteers who received calls and phone messages of encouragement and motivation to do the training sessions during the week. At the end of each month, a new session was conducted and adjustments were made in relation to the number of sets and repetitions. The control group (CG) consisted of fourteen volunteers who received no phone calls or any contact during that period. At the end of three months, both groups were reassessed. The results showed that, after training, the volunteers of the RMEG showed a significant reduction in BM (from 106.9±22 to 102.5±23.9 kg; p=0.006), BMI (from 41.2±6.6 to 39.5±7.4 kg/m2; p=0.005), WC (from 109±14 to 106±13 cm; p=0.009), and HC (from 130±12 to 126±13 cm; p=0.04), increase in the distance walked in the ISWT (from 322±61 to 388±82 m; p=0.001), increase in the number of steps in the 6MST (from 136±20 to 148±24; p=0.01), increase in the number of sitting and standing movements (from 11±1.7 to 13.4±2.5; p=0.0001), and improved flexibility evaluated by the sit and reach test (from 23.3±10.1 to 26.7±10.7 cm; p=0.0001). When group differences were compared, the RMEG also achieved a significant reduction in BM (from 0.76 to -4.39 kg; p=0.02) and BMI (from 0.08 to -1.71 kg/m2; p=0.01), HC (from 186 to ; -3,86 p=0.01) and a significant increase in the distance walked in the ISWT (from 12.36 to 55.71 m; p=0.02), the number of steps in the 6MST (from 2.79 to 11.7; p=0.001), the number of movements of sitting and standing (from -2.29 to 2.76; p=0.0006), and trunk and hamstring muscle flexibility in the sit and reach test (from -1.04 to 3.43 cm; p=0.007). Thus, it can be concluded that the remote monitoring exercise program had beneficial effects, with improvements in all of the components of physical fitness in obese women.