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Título

COMO ASSISTIMOS AO PROFESSOR?: UMA ANÁLISE DA IMAGEM DA PROFISSÃO DE ENSINAR TRANSMITIDA PELA TELEVISÃO

Orientador

BELARMINO CESAR GUIMARAES DA COSTA

Autor

DANIELE DIACOVO

Palavra chave

PROFESSOR, TELEVISAO, TABUS SOBRE O PROFESSORADO

Grupo CNPQ


Programa

MS - EDUCAÇÃO (PPGE)

Área

CIÊNCIAS HUMANAS

Data da defesa

30/06/2006

Nº Downloads

1491

Resumo

Esta pesquisa visa analisar como a televisão utiliza seus recursos atrativos, como imagem, cor e som, e sua constante influência sobre o telespectador, para reforçar a autoridade como produtora de comportamentos, opiniões e costumes sociais. Valemo-nos desta discussão com o objetivo de retomar a questão da profissão de professor, muitas vezes destituída de sentido, quando retratada nas imagens da TV, pois se falseia a condição social e formativa do educador, exibindo-se imagens de um professor que, tanto no exercício de sua profissão como em suas horas de lazer, se depara com acontecimentos embaraçosos ocasionados por seus alunos, como ser logrado ou seduzido. Ou então, como um profissional que não produz o suficiente, tendo que ser auxiliado por voluntários, ou mesmo por um computador. O ambiente para observar a imagem do professor está relacionado a programas que, direta ou indiretamente, insere a figura do professor em elementos humorísticos, simulando as aulas em forma de sátiras que podem ser políticas, religiosas e sociais, expressas em grupos marginalizados, entre os quais encontramos as mulheres, os judeus, o nordestino, o imigrante, os homossexuais e o pobre. Esta maneira irreverente de transmitir o que parece ser uma aula, como a que estamos habituados a assistir nas escolas, transfere ao telespectador, em formato de comicidade, os elementos que permeiam a formação da cultura de nossa sociedade. Tais elementos, expostos como motivador de escárnios, adquire a função de, ao divertirem o público, desviar a seriedade da profissão de professor e distorcer os valores sociais. Finalizamos a pesquisa com algumas reflexões, a partir da filosofia da educação, sobre tal deturpação, como: o que seria formar pessoas em programas como estes analisados? O que é educar nestas variantes que têm formação depreciativa e/ou repressiva e não de catarse? E qual o caminho apontado para uma educação com telos para a emancipação?

Abstract

This research analyses as the television uses its attractive resources like image, color and sound as well as its constant influence on the audience to reinforce the authority as a generator of behaviour, opinion and social custams. We take this discussion with the aim to analyse the occupation of teaching, many times taken pointlessly, when shown on TV, not being seriously taken the social and grading condition of the teacher, showing images of a teacher that not only in his working time but also free time, faces embarassing happenings provoked by his students, like being deceived or seduced. Or then, as a professional who does not produces enough, having to be supported by volunteers, or even a computer. The environment to observe the teacher's image is related to programs which directly or indirectly, input the teacher in humorous elements, faking classes in humoristic ways which could be political, religious or social expressend in out of society groups among which are women, jews, northeasterns, imigrants, homosexuals and poors. This irreverent way to show what seems to be a class, as the one we are used to having at schools, transmits the audience, in a comic way, the elements that shape the cultural background of our society. Such elements, used as motivators of fun acquire the role of, whem entertaining the audience, deviating the seriousness do teaching as well as changing the social valeus. We finalize the research making some reflections, from the philos ophy of education, about such deviation like: what would educating people in such programs be? What is educating in these varialbes which have deviating and / or repressive formation and not purifying? And which way is given for an education with telos for the emancipation?