Biblioteca Digital - UNIMEP

Visualização do documento

Título

A PRÁXIS REVOLUCIONÁRIA DE FRANTZ FANON: CRÍTICA AO COLONIALISMO EUROPEU EM DIREÇÃO À DESCOLONIZAÇÃO

Orientador

Professora Doutora Anna Maria Lunardi Padilha

Autor

VIVIANE MARINHO LUIZ

Palavra chave

Intelectuais africanos. Práxis revolucionárias. Interseccionalidade.

Grupo CNPQ


Programa

DR - EDUCAÇÃO (PPGE)

Área

CIÊNCIAS HUMANAS

Data da defesa

16/02/2018

Nº Downloads

1592

Resumo

O presente trabalho se insere no campo dos estudos da educação das relações étnico-raciais e tem como objeto a práxis revolucionária do intelectual Frantz Fanon e sua crítica ao colonialismo europeu em direção à descolonização. Para pensarmos a História de forma integral e não fragmentada, faz-se necessário darmos visibilidade - no campo educacional - às contribuições sociais, culturais e intelectuais que contemplem culturas e geografias variadas caminhando para além dos valores civilizatórios majoritariamente europeus. O problema da tese em questão é a colonização do pensamento dos intelectuais e dos educadores brasileiros sobre o conhecimento da história dos negros, e propõe a solidariedade militante e acadêmica contra as estruturas opressoras que se entrecruzam produzindo na atualidade a manutenção das distintas formas de colonialidades objetivas, subjetivas e epistêmicas. Frantz Fanon apresenta questões relacionadas ao racismo antinegro e ao colonialismo epistemológico e trata da necessidade de reeducação no que se refere a produção do conhecimento visto que de maneira geral as Ciências Humanas estão fundadas numa base ocidental que reforça o narcisismo europeu em detrimento dos conhecimentos produzidos em África, América Latina, Ásia e em toda Diáspora Negra, por isso a relevância desta tese está em apresentar o conjunto da obra fanoniana dando visibilidade às lutas e aos autores históricos para além da Europa, nesse sentido está em trazer a Revolução Argelina como uma das Revoluções que traz homens e mulheres africanos (as) como sujeitos revolucionários (as) e produtores (as) de cultura numa ruptura com o monopólio do conhecimento ocidental cuja manutenção está baseada na fragmentação dos conhecimentos e culturas que tenham a África como referência.

Abstract

The present work is part of the studies concerning education of ethnic-racial relations and has as its object the revolutionary praxis of the intellectual Frantz Fanon and his critique of European colonialism towards decolonization. In order to think of History in an integral and non-fragmented way, it is necessary to give visibility, in the educational field, to social, cultural and intellectual contributions that contemplate varied cultures and geographies, moving beyond predominant European civilizing values. The issue of the thesis is the colonization of the thought of the Brazilian intellectuals and educators about the knowledge of the History of the blacks, and proposes militant and academic solidarity against the oppressive structures that intersect producing in the present day the maintenance of the different forms of objective, subjective and epistemic colonialities. Frantz Fanon presents issues related to black racism and epistemological colonialism and addresses the need for reeducation in the production of knowledge since in general the Human Sciences are founded on a Western basis that reinforces European narcissism to the detriment of knowledge produced in Africa, Latin America, Asia and throughout the Black Diaspora. The relevance of this thesis is to present the body of the fanonian work giving visibility to the struggles and historical authors beyond Europe. The Algerian Revolution is taken as one of the Revolutions that bring African men and women as revolutionary subjects and producers of culture in a break with the monopoly of Western knowledge whose maintenance is based on the fragmentation of knowledge and cultures that have Africa as a reference.