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Título

EFEITOS DO TREINAMENTO MUSCULAR INSPIRATÓRIO SOBRE A FUNÇÃO PULMONAR E MUSCULAR RESPIRATÓRIA, CAPACIDADE FUNCIONAL E PERCEPÇÃO DE DISPNEIA DE MULHERES COM OBESIDADE

Orientador

Prof.ª Dra. Eli Maria Pazzianotto Forti

Autor

Tamires Alessa de Mori

Palavra chave

testes físicos. capacidade funcional. espirometria. distância percorrida. aptidão cardiorrespiratória. flexibilidade. pressões respiratórias. dispneia.

Grupo CNPQ


Programa

MS - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

20/02/2019

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Resumo

O acúmulo de tecido adiposo sobre a parede torácica pode aumentar o trabalho respiratório. Além disso, a ventilação e dispneia estão aumentadas em função das maiores demandas metabólicas necessárias para a movimentação corporal de indivíduos com obesidade, reduzindo a aptidão física dos mesmos. O treinamento muscular inspiratório (TMI) demonstrou aumentar a força e resistência dos músculos respiratórios, diminuir a dispneia e melhorar o desempenho físico em várias situações desde atletas até indivíduos com doenças pulmonares e cardíacas, mas, não foi amplamente estudado na obesidade. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do TMI na musculatura respiratória, na função pulmonar, na aptidão física e na sensação de dispneia de mulheres com obesidade. Foram estudas 30 participantes com obesidade, randomizadas em dois grupos: grupo treinamento (GT) (idade [39,2 ± 9,5] anos, IMC [42,1 ± 3,7] kg/m2) e grupo controle (GC) (idade [40,6 ± 6,7] anos, IMC [43,5 ± 5,8] kgm2). A avaliação inicial constou, além da anamnese, da avaliação muscular respiratória, por meio das medidas da Pressão Inspiratória Máxima (PImáx) e Pressão Inspiratória Máxima Sustentada (PImáxS); avaliação da função pulmonar por meio dos volumes e capacidades pulmonares; avaliação da aptidão física por meio distância percorrida e do consumo pico de oxigênio (VO2) obtido de forma indireta por meio do Incremental Shuttle Walking Test (ISWT), e da força muscular de membros inferiores por meio do teste de Sentar e Levantar (SL); e da avaliação da dispneia por meio da escala de Borg. No GT o TMI foi realizado por quatro semanas, cinco dias por semana, sendo as participantes orientadas a realizar duas séries com 30 esforços inspiratórios, no dispositivo Powerbreathe® K5. A carga do treinamento utilizada foi de 55% da PImáx, reajustada no primeiro dia de treinamento de cada semana. O GC não recebeu nenhuma intervenção. Após o período de 4 semanas todas as participantes foram reavaliadas. Para normalidade dos dados utilizou-se Shapiro-Wilk. Para as comparações das variáveis foi realizada a análise de variância medidas repetidas (ANOVA). Foi considerado significativo o valor de p<0.05. Após o treinamento foi observado que PImáx, PImáxS, distância percorrida, VO2 pico, SL e dispneia melhoraram para o GT, mas não para o GC: PImáx: (D 0,7±0,6 x -25,3±1,2 cmH20) p=0,01; PImáxS: (D-16,3 ±7,7x-2,7±0,3 cmH20) p=0,01; distância percorrida: (D52±22 x 13±1m), p=0,01; VO2 pico: (D1,38 ± 0,0x0,1±0,0 ml/kg/min) p=0,01; SL: (D 1,6±0,2 x 0,8±1,0 movimentos) p=0,01 e Borg dispneia: (D -1±0,27 x 0,0±0,4) p=0,03. Conclui-se que o TMI de quatro semanas, promoveu aumento da força e resistência dos músculos respiratórios, do desempenho físico e a melhora da sensação de dispneia em mulheres com obesidade.

Abstract

Accumulation of adipose tissue on the chest wall may increase respiratory work. In addition, ventilation and dyspnea are increased due to the higher metabolic demands needed for body movement of obese individuals, reducing their physical fitness. Inspiratory Muscle Training (IMT) has shown to increase the strength and endurance of respiratory muscles, decrease dyspnea and improve physical performance in various situations from athletes to individuals with pulmonary and cardiac diseases, but it was not studied in obesity. The aim of this study was to evaluate the effects of MIT on respiratory muscles, pulmonary function, physical fitness and sensation of dyspnea in obese women. We studied 32 participants with obesity, randomized into two groups: Training Group (TG) (age [39.20 ± 9.50] years, BMI [42.16 ± 3.68] kg/m2) and Control Group (CG) (age [40.60 ± 6.73] years, BMI [43.52 ± 5.78] kgm2). The initial evaluation consisted, in addition to the anamnesis, of the respiratory muscle assessment, through the measurements of Maximal Inspiratory Pressure (MIP) and Sustainale Maximal Inspiratory Pressure (SMIP); Assessment pulmonary function through lung volumes and capacities; Evaluation of physical fitness by means of distance traveled and peak oxygen uptake (VO2) obtained indirectly by means of the Incremental Shuttle Walking Test (ISWT), and the muscular strength of lower limbs through the Sit and Lift Test (SL); and assessment of dyspnea through the Borg scale. In the WG, the TMI was performed for four weeks, five days a week, and the participants were instructed to perform two series with 30 inspiratory efforts, on the Powerbreathe® K5 device. The load of the training used was 55% of MIP, readjusted on the first day of training each week. The CG received no intervention. After the 4 week period, all participants were reevaluated. For normality of data, Shapiro-Wilk was used. For the intergroup comparisons, repeated measures analysis of variance (ANOVA) was performed. The value of p < 0.05 was considered significant. After the training, was observed that MIP, SMIP, distance walked, VO2 Peak, SL and dyspnea improved for the TG but not the CG: MIP: (D0.7±0.6 x -25.3±1.2 cmH20) p= 0.01, SMIP: (D-16.3 ±7.7 x -2.7±0.3 cmH20) p=0.01; distance walking: (D52±22 x 13±1m), p=0.01; VO2 peak: (D1.38 ± 0.0 x 0.1±0.0 ml/kg/min) p=0.01; SL: (D 1.6±0.2 x 0.8±1.0 moviments) p=0.01 e Borg dyspnea: (D -1±0.27 x 0.0±0.4) p=0.03. It was concluded that the four-week MIT promoted increased strength and endurance of respiratory muscles, physical performance and improved sensation of dyspnea in obese women.