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Título

ESTUDO COMPARATIVO DE DOIS PROCEDIMENTOS DE ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA EM GASTRCNÊMIO DESNERVADO DE RATO: ESTUDO MORFOMÉTRICO

Orientador

VIVIANE BALISARDO MINAMOTO

Autor

QUÉLEN MILANI CAIERÃO

Palavra chave

DESNERVAÇÃO; ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA; TECIDO CONJUNTIVO;

Grupo CNPQ


Programa

MS - FISIOTERAPIA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

01/12/2006

Nº Downloads

1555

Resumo

Após lesão nervosa periférica ocorrem diversas alterações no músculo, entre elas proliferação do tecido conjuntivo (TC) e diminuição da área de secção transversa (AST) das fibras, o que interfere na função muscular em caso de reinervação. A estimulação elétrica (EE) é amplamente utilizada em casos de desnervação para preservação da capacidade contrátil do músculo desnervado. O objetivo deste trabalho foi comparar 2 procedimentos de EE fásica de baixa freqüência: aplicação diária e em dias alternados no remodelamento de TC e AST das fibras do músculo gastrocnêmio em diferentes períodos de desnervação (10, 20 e 30 dias). Foram utilizados 55 ratos, da linhagem Wistar, com peso entre 180 e 250g, divididos em 5 grupos (n=5): controle (C), desnervado e analisado após 6 dias (D6); desnervado e analisado após 10, 20 e 30 dias (D10, D20 e D30), desnervado e eletroestimulado diariamente durante 10, 20 e 30 dias (EED10, EED20 e EED30), desnervado e eletroestimulado em dias alternados durante 10, 20 e 30 dias (EEA10, EEA20 e EEA30). A lesão nervosa foi realizada por esmagamento do nervo isquiático. A EE iniciou-se 24 horas após o esmagamento (f=10Hz, i=5mA, T=3ms, t=30 minutos). Foram realizados cortes transversais (12µm) corados com H&E. As mensurações da AST e da densidade de área de TC foram realizadas por meio de analisador de imagens (Motic Advanced 3.2) e por meio de sistema de planimetria por contagem de pontos, respectivamente. Análise estatística: teste Shapiro Wilk, seguido pela ANOVA – F (One–way) e teste de Tukey (5%). Nos grupos analisados após 10 e 20 dias não houve diferença na AST entre os grupos submetidos à EE e os grupos EE com o D (10 dias: EED: 1048 ± 134 µm2; EEA: 988 ± 89 µm2; D: 1038 ± 197 µm2; 20 dias: EED: 1579 ± 207µm2; EEA: 1394 ? 179 µm2; D: 1246 ± 368 µm2). Após 30 dias, a AST de todos os grupos desnervados alcançaram valores correspondente ao grupo controle (C: 2337 ± 323 µm2; D: 2052 ± 430 µm2; EED: 2078 ± 203 µm2; EEA: 1999 ? 34 µm2). Na análise da densidade de área do TC do grupo analisado após 10 dias, observou-se que o grupo EED foi significativamente diferente do D e semelhante ao C (C: 12 ± 1.37%; D: 21 ± 5.08%; EED: 11 ± 2.45%). No grupo 20 dias não houve diferença quando comparado o grupo D aos grupos E, entretanto o grupo EED apresentou valor similar ao C (D: 18 ± 3.50%; EED: 15 ± 2.47%; EEA: 17 ± 2.70%). Após 30 dias, o grupo D apresentou diferença quando comparado ao C e ao EED (C: 12 ±1.37%; D: 15 ± 2.83%; EED: 11 ± 1.59%, p<0.05). Conclui-se que a EE não foi eficiente para minimizar a atrofia das fibras musculares. Entretanto, para o remodelamento do TC, a aplicação diária de EE trouxe mais benefícios ao músculo do que a aplicação em dias alternados, sugerindo que a quantidade de estímulo é importante para a diminuição da proliferação de TC.

Abstract

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