Biblioteca Digital - UNIMEP

Visualização do documento

Título

Comparação entre o tempo de atividade física moderada-vigorosa relatado pelo IPAQ versus medido pelo acelerômetro em idosos não institucionalizados

Orientador

Rozangela Verlengia

Autor

Edson Fernando da Silva Simoneti

Palavra chave

Acelerometria. Movimento humano. Auto-relatado. Medida direta.

Grupo CNPQ


Programa

MS - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

27/02/2020

Nº Downloads

188

Resumo

Introdução: A medição precisa das atividades físicas moderada-vigorosa (AFMV) e classificação da inatividade física é imprescindível para estudos de base populacional e saúde pública. No entanto, estudos indicam baixa concordância entre os instrumentos subjetivos e objetivos dependendo da população avaliada. Objetivo: Comparar os dados de atividade física moderada vigorosa (AFMV) obtidos por meio da versão curta do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) com acelerômetro em idosos não institucionalizados. Métodos: Este foi um estudo transversal que compreendeu a avaliação de 123 idosos (67,5% do sexo feminino) com idade entre 60 e 89 anos (68,41 ± 6,58 anos). As atividades físicas diárias foram avaliadas por sete dias consecutivos por meio do acelerômetro tri-axial ActiGraph (modelo GT3X+). A aplicação do IPAQ foi referente ao mesmo período da utilização do acelerômetro. Em adição, o teste de caminhada de 6-min foi realizado para verificar a capacidade aeróbia funcional. Resultados: Foi observada correlação fraca (rho= 0,22; p=0,014) entre os instrumentos para as AFMV, quando analisado o grupo como um todo. Quando analisado entre sexo, foi observada correlação significativa apenas para as mulheres (rho=0,31; p=0,004). O IPAQ superestimou os valores de AFMV em sessões ? 10 min por semana (273,11 vs. 39,84 min/semana; p<0,001). A AFMV pelo acelerômetro se correlacionou moderadamente (rho=0,43; p<0,001) com a distância obtida pelo teste de caminhada de 6-min, enquanto o IPAQ apresentou correlação muito fraca (rho=0,19; p=0,035). A classificação dos idosos fisicamente ativos (? 150 min/semana em sessão ? 10 min de AFMV) foi significativamente (p < 0,001) diferente entre o IPAQ e acelerômetro (67% vs. 9%; x2= 71,39). Conclusão: Foi observado baixo nível de concordância entre os dados reportados subjetivamente e mensurados objetivamente, com alto viés de resposta para AFMV em sessões ? 10 min. A fraca correlação entre as AFMV reportadas pelo IPAQ com a capacidade de caminhada sugere que os dados obtidos pelo instrumento têm baixa predição do componente aeróbio e deve ser interpretado com cautela entre os idosos não institucionalizados.

Abstract

Introduction: Accurate measurement of moderate-vigorous physical activity (MVPA) and classification of physical inactivity is essential for population-based studies and public health. However, studies indicate low agreement between subjective and objective instruments depending on the population evaluated. Objective: To compare MVPA data obtained through the short version of the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) with accelerometer in noninstitutionalized elderly. Methods: This study was a cross which comprised the evaluation of 123 elderly patients (67.5% females) aged between 60 and 89 years (68.41 ± 6.58 years). Daily physical activities were evaluated for seven consecutive days using the ActiGraph tri-axial accelerometer (GT3X + model). The IPAQ application was related to the same period of accelerometer use. In addition, the 6-min walk test was performed to assess aerobic functional capacity. Results: A weak correlation (rho=0.22; p=0.014) was observed between the instruments for MVPA, when the group as a whole was analyzed. When analyzed between sex, a significant correlation was observed only for women (rho=0.31; p=0.004). IPAQ overestimated MVPA values in bouts ? 10 min per week (273.11 vs. 39.84 min/week; p<0.001). The MVPA by accelerometer correlated moderately (rho=0.43; p<0.001) with the distance obtained by the 6-min walking test, while the IPAQ showed a very weak correlation (rho=0.19; p=0.035). The classification of the physically active elderly (? 150 min/week in MVPA in bouts ? 10 min) was significantly (p<0.001) different between the IPAQ and accelerometer (67% vs. 9%; x2 = 71.39). Conclusion: A low level of agreement was observed between the subjectively reported and objectively measured data, with high response bias for MVPA in bouts ? 10 min. The weak correlation between MVPA reported by IPAQ with walking capacity suggests that the data obtained by the instrument has low prediction of the aerobic component and should be interpreted with caution among non-institutionalized elderly