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Título

AVALIAÇÃO PRESSÓRICA DA MUSCULATURA DE ASSOALHO PÉLVICO DE MULHERES JOVENS ATLETAS

Orientador

ELAINE CALDEIRA DE OLIVEIRA GUIRRO

Autor

LILIAN CRISTINA MARQUES DA SILVA BORIN

Palavra chave

INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO, AVALIAÇÃO PRESSÓRICA, ATLETAS, SEDENTÁRIAS.

Grupo CNPQ


Programa

MS - FISIOTERAPIA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

26/02/2007

Nº Downloads

2950

Resumo

Algumas modalidades esportivas têm em seus treinamentos alta freqüência de saltos e impactos, bem como um intenso trabalho abdominal, podendo resultar em incontinência urinária de esforço (IUE). O objetivo deste estudo foi avaliar a pressão da musculatura do assoalho pélvico de mulheres atletas de voleibol, basquetebol e handebol, bem como sinais e sintomas relacionados a IUE. Para tal, foram recrutadas, mediante convite, 40 voluntárias, com idade entre 18 e 30 anos (24±8,48), divididas em quatro grupos: 10 praticantes de voleibol (GV), 10 praticantes de handebol (GH), 10 praticantes de basquetebol (GB), e 10 voluntárias sedentárias (GS). A mensuração intra-cavitária da pressão perineal foi efetuada através de biofeedback Perina 996® (QUARK). As voluntárias foram instruídas a realizarem três contrações isométricas máximas de períneo, mantidas por 4 segundos. Dados referentes às especificidades de treinamento e aos sinais e sintomas relacionados a IUE foram coletados por meio de questionário com questões fechadas. Os dados estatísticos foram processados através do software SPSS 10.1 e, para tratamento dos dados, foi utilizado o teste ANOVA - one way, seguido de post hoc Tukey, com nível de significância de 5%. A correlação de Spearman foi utilizada para verificar o grau de associação entre as variáveis relativas ao treinamento, sinais e sintomas relativos a IUE e a pressão perineal nas diferentes modalidades esportivas. A avaliação dos dados coletados aponta que a média de pressão perineal das atletas, comparada a de sedentárias, apresentou diferença significativa nos grupos voleibol - GV (p=0,009) e basquetebol - GB (p=0,039), sendo que para o grupo handebol o resultado não foi significante - GH (p=0,354). Em relação ao treinamento, o número de jogos/ano, o treino de musculação e o tempo de treino em quadra (em min/semana) apresentaram significância estatística. Quanto aos sinais e sintomas, os vazamentos urinários mediante esforços, urgência miccional e noctúria apresentaram correlação moderada. Entre a polaciúria e a pressão perineal houve alta correlação. Os resultados apresentados pelo GB demonstram uma média de avaliação pressórica menor, comparada aos outros grupos estudados, podendo-se inferir que tanto a especificidade do treinamento, como a prática de diferentes modalidades esportivas, pode influenciar na pressão perineal.

Abstract

Some sports modalities have a high frequency of jumps and impacts during their training programs. They also have an excessive load of abdominal exercises contributing for stress urinary incontinence (SUI). The aim of this study was to evaluate the pelvic floor musculature of female volleyball, basketball and handball athletes as well as signs and symptoms related to SUI. Forty volunteers between 18 and 30 years old (24±8,48), were divided in four groups: 10 volleyball players (VG), 10 handeball players (HG), 10 basketball players (BG), and 10 sedentary women (SG). The perineal pressure intra-cavity mensuration was carried out by the biofeedback Perina 996® (QUARK). The volunteers were advised to make three perineal isometric contractions for 4 seconds. Data of their specific training program and urinary symptoms were collected by a questionnarie with objective answers. The statistical analysis were done by the software SPSS 10.1 and the ANOVA test - one way, followed by the post hoc Tukey, with a significance level of 5%. The correlation of Spearman was used to verify the association degree between the variables related to the training program, urinary symptoms and the perinneal pressure for the different sports activities. The collected data evaluation showed that the perineal pressure average of the atheletes compared to the sedentary ones had a significant difference in the volleyball group - VG (p=0,009) and basketball group - BG (p=0,039), while in the handball group was not significant - HG (p=0,354). The training programs, the number of games per year, the weight trainings and the gymnasium trainings in minutes per week showed some statiscal relevance. The urinary symptoms showed some moderate correlation between urinary leakage, emergency enuresis and urination disorders (noctury). High correlation between polaciury and perineal pressure. The perineal pressure of the basketball athletes was smaller than the other groups studied, allowing the assumption that the peculiarity of a sports training program can influence the perineal pressure.