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Título

EXERCÍCIO IMEDIATO VERSUS TARDIO NA REGENERAÇÃO DO NERVO ISQUIÁTICO DE RATOS APÓS AXONIOTMESE: ANÁLISE MORFOMÉTRICA E FUNCIONAL

Orientador

ROSANA MACHER TEODORI

Autor

LUCIANE LOBATO SOBRAL

Palavra chave

REGENERAÇÃO NERVOSA, EXERCÍCIO FÍSICO, MORFOMETRIA, ÍNDICE FUNCIONAL DO...

Grupo CNPQ


Programa

MS - FISIOTERAPIA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

02/08/2007

Nº Downloads

1663

Resumo

Devido à controvérsia sobre o melhor momento para iniciar o exercício físico, bem como sobre sua influência na regeneração nervosa, este estudo se propôs a analisar morfológica e funcionalmente a influência do exercício físico em esteira, aplicado na fase imediata e tardia do processo de regeneração do nervo isquiático de ratos, após axoniotmese. Foram utilizados 20 ratos Wistar machos, pesando 229,05g (±18,02) divididos em 4 grupos: Controle (CON); Desnervado (D); Desnervado + Exercício + Gaiola (DEG) e Desnervado + Gaiola + Exercício (DGE). Após 24 horas da lesão, o grupo DEG iniciou exercício na esteira, enquanto o grupo DGE iniciou no 14º dia. O protocolo de exercício foi: velocidade 8 m/minuto, sem inclinação, por 30 minutos durante 14 dias. Após 33 dias, o nervo foi exposto e fixado in situ e a porção distal à lesão foi incluída em resina e analisada em microscopia óptica. Cortes semifinos foram corados com azul de toluidina e submetidos a análise morfométrica. Para análise funcional, foi realizado o registro da marcha (pré-operatório, 7º, 14º, 21º e 28º dias pós-operatório), através do Índice Funcional do Ciático (IFC). Aplicou-se o teste de normalidade de Shapiro-Wilk. Para análise morfométrica, utilizou-se o teste Anova - F (One-Way) seguido de Tukey; para análise funcional da marcha, utilizou-se o teste Anova - F (Two-Way) na comparação intragrupos e o teste Anova F (One-Way) seguido de Tukey na comparação intergrupos. Para comparação dos resultados morfométricos e funcionais, utilizou-se o teste de correlação de Pearson. Os resultados da análise morfométrica mostraram que apenas o diâmetro do axônio do grupo DGE foi maior que o do grupo D, enquanto que o diâmetro da fibra nervosa e a espessura da bainha de mielina em cada grupo apenas apresentaram diferença significativa com o grupo CON. A razão G não diferiu entre os grupos experimentais. Os grupos D, DEG e o DGE apresentaram número de axônios maior que o grupo CON (p<0,05). Para análise funcional da marcha, a comparação intergrupos não mostrou diferença estatisticamente significativa, enquanto na comparação intragrupos, o 7º e o 14º dia diferem significativamente do período pré-operatório, enquanto o 21º e o 28º dia diferem significativamente do 7º e do 14º dia, durante os períodos de avaliação funcional. O teste de correlação demonstrou fraca correlação entre os dados morfométricos e funcionais. Conclui-se que o protocolo de exercício em esteira, tanto na fase imediata como tardia da regeneração nervosa após esmagamento do nervo isquiático de ratos, não influenciou o brotamento axonal, o grau de maturação das fibras regeneradas, nem a funcionalidade dos músculos reinervados.

Abstract