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Título

O AMBIENTE ENRIQUECIDO COMO FONTE DE ESTÍMULOS DURANTE A FASE AGUDA DA REGENERAÇÃO NERVOSA PERIFÉRICA: ANÁLISE MORFOMÉTRICA E FUNCIONAL

Orientador

ROSANA MACHER TEODORI

Autor

SIBELE YOKO MATTOZO TAKEDA

Palavra chave

REGENERAÇÃO NERVOSA PERIFÉRICA, AMBIENTE ENRIQUECIDO, PLASTICIDADE...

Grupo CNPQ


Programa

MS - FISIOTERAPIA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

20/12/2007

Nº Downloads

1835

Resumo

Estudos utilizando ambientes modificados mostraram efeitos benéficos em alguns modelos de lesão encefálica. Não há relatos sobre o uso do modelo de ambiente enriquecido em lesões nervosas periféricas. Ele pode promover a movimentação precoce, a estimulação tátil e proprioceptiva após a lesão. Essa forma de estímulo poderia favorecer a regeneração nervosa, maturação e conseqüente recuperação funcional. O objetivo deste estudo foi analisar morfométrica e funcionalmente o nervo isquiático de ratos submetidos a axoniotmese e subseqüente exposição ao ambiente enriquecido. Quarenta e dois ratos Wistar machos (198,66 ±11,61g) foram distribuídos em sete grupos (n=6): L6 - animais desnervados, mantidos em gaiola por seis dias; CON (Controle) - Animais sem lesão, mantidos em número de seis em gaiola grande padrão; IAS (Isolado Ambiente Simples) - animais desnervados, isolados em gaiola pequena padrão; IAE (Isolado Ambiente Enriquecido) - animais desnervados, isolados em gaiola enriquecida pequena; AAS (Agrupado Ambiente Simples) - animais desnervados, em número de três em gaiola grande padrão; AAE (Agrupado Ambiente Enriquecido) - animais desnervados, em número de três em gaiola enriquecida grande; L (Lesão) - animais desnervados, em número de seis em gaiola grande padrão. O nervo isquiático esquerdo foi esmagado (quatro pinçamentos de 20 s e 1 s de intervalo entre eles). Posteriormente, os animais foram distribuídos nas respectivas gaiolas. Gaiolas enriquecidas dispunham de roda de exercício, escada, rampa e compartimentos de comida e água móveis, que eram trocados de lugar diariamente, de forma aleatória. Após período experimental, o nervo isquiático de todos os animais foi coletado para análise morfométrica e número de axônios. A análise funcional foi feita a partir da impressão das pegadas das patas normal e experimental no período pré-operatório, 7°, 14° e 21° dias pós-operatório (PO). Dados funcionais e morfométricos foram processados estatisticamente (Bioestat 4.0). O teste de Shapiro Wilk avaliou a distribuição dos dados. Com exceção da razão G, foram usados testes paramétricos, considerando p<0,05. Os resultados deste estudo demonstraram que o número de axônios nos grupos AAE, AAS e IAS foi superior ao do grupo CON. No grupo AAS o número de axônios foi superior aos grupos L, IAE e AAE. O diâmetro dos axônios nos grupos experimentais foi inferior ao do grupo CON. O diâmetro das fibras nervosas foi menor que o CON em todos os grupos, sendo que no grupo AAS foi menor que no grupo IAE. A espessura da bainha de mielina foi menor em todos os grupos experimentais, quando comparada ao CON. O grupo AAS obteve valor inferior ao L e ao IAE e o IAS foi inferior ao L. A razão G não diferiu entre grupos. O IFC intra-grupos demonstrou que ao 7° dia PO, todos os grupos diferiram do pré-operatório, devido à ausência completa da função. No 21° dia PO a função de todos os grupos foi restabelecida, aproximando-se dos valores pré-operatórios. Na avaliação inter-grupos não houve diferença. Não foi observada correlação entre os dados morfométricos e funcionais. O exercício voluntário, estimulado por meio do ambiente enriquecido, não interferiu na regeneração e maturação das fibras nervosas, assim como na recuperação funcional.

Abstract