Biblioteca Digital - UNIMEP

Visualização do documento

Título

RESPOSTA FISIOLÓGICA DE MÚSCULOS ESQUELÉTICOS DE RATOS NA FASE AGUDA DA IMOBILIZAÇÃO DO TORNOZELO NA POSIÇÃO DE 90.

Orientador

CARLOS ALBERTO DA SILVA

Autor

LUCIANO JÚLIO CHINGUI

Palavra chave

IMOBILIZAÇÃO, FISIOTERAPIA, ATROFIA, GLICOGÊNIO, REABILITAÇÃO, TBARS

Grupo CNPQ


Programa

MS - FISIOTERAPIA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

11/02/2008

Nº Downloads

1815

Resumo

O objetivo desse trabalho foi avaliar, na fase aguda da imobilização, a resposta quimio-metabólica da musculatura esquelética imobilizada. Para tanto, foram utilizados ratos Wistar com 3 meses de idade, mantidos em condições controladas de biotério e distribuídos em 4 grupos experimentais de n=6: grupo controle (C); imobilizado1 dia (I1), 2 dias (I2) e 3 dias (I3). Para a imobilização foi utilizado um modelo de órtese de resina acrílica que permitiu a manutenção da articulação do tornozelo em 90° e as articulações do joelho e quadril livres. Após o período experimental os animais foram sacrificados e coletadas amostras de plasma, fígado (F) e dos músculos sóleo (S), gastrocnêmio branco (GB) e misto (GM), os quais foram encaminhados para as seguintes análises: determinação do glicogênio muscular e hepático; mensuração da relação DNA/proteínas totais musculares; determinação do índice de hidratação e do peso muscular do músculo (S); análise das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) muscular e plasmático; análise da proteína carbonilada plasmática; avaliação da secreção de insulina; teste de tolerância à insulina; mensuração da captação de 2-deoxiglicose e determinação da concentração plasmática de corticosterona. Para a avaliação estatística foi utilizado o teste (kolmogorov-Smirnov), análise de variância e teste de Tukey, com nível de significância de 5%. Quanto aos resultados, observa-se que as alterações peculiares da fase aguda têm comportamento progressivo. Assim, a concentração do glicogênio muscular do (S) sofreu redução progressiva do primeiro ao terceiro dia, enquanto que nos músculos (GB) e (GM) houve no primeiro dia aumento nas reservas glicogênicas, seguido de redução no segundo e terceiro dia; quanto à relação DNA/proteína total houve aumento concomitante ao aumento do índice de hidratação e à redução do peso do (S); as concentrações plasmáticas de TBARS e proteína carbonilada aumentaram a partir do segundo dia, ao passo que as concentrações musculares de TBARS não sofreram alterações significativas; a secreção de insulina aumentou no segundo dia; a sensibilidade tecidual à insulina foi maior no segundo e terceiro dia, porém, não houve alterações na glicemia basal; a captação de 2-deoxiglicose foi maior no primeiro dia; a corticosterona plasmática teve grande aumento no primeiro dia, seguido de redução no segundo e terceiro dia, porém permaneceu além dos níveis normais; as reservas glicogênicas hepáticas não sofreram alterações significativas. Diante da análise dos resultados conclui-se que a musculatura esquelética submetida à imobilização sofre processos deletérios que desencadeiam alterações quimio-fisiológicas, reduzem a homeostasia energética e funcional e assim predispõem precocemente ao desenvolvimento da hipotrofia.

Abstract