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Título

EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM MULHERES OBESAS SUBMETIDAS AO BYPASS GÁSTRICO EM Y DE ROUX POR VIDEOLAPAROSCOPIA

Orientador

DIRCEU COSTA

Autor

MARCELA CANGUSSU BARBALHO

Palavra chave

FISIOTERAPIA, EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS, CIRURGIA BARIÁTRICA, OBESIDADE...

Grupo CNPQ


Programa

MS - FISIOTERAPIA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

26/02/2008

Nº Downloads

2496

Resumo

O indivíduo obeso apresenta prejuízo na mecânica ventilatória causando comprometimento da função pulmonar por aumento do trabalho respiratório e redução dos volumes pulmonares. Além disso, esse comprometimento difere entre os gêneros por causa da distribuição da gordura corporal. Por essas alterações o obeso apresenta maior risco de complicações pulmonares no pós-operatório (CPP). A Fisioterapia Respiratória tem sido recomendada como um método para prevenção de CPP. No entanto, ainda não se tem bem definido o real efeito de cada técnica fisioterapêutica e qual é superior no restabelecimento precoce da função pulmonar no pós-operatório. Então, o objetivo desse estudo foi comparar os efeitos da inspirometria de incentivo a fluxo (Respiron®) e da pressão positiva expiratória (EPAP) na função pulmonar de mulheres obesas submetidas ao Bypass Gástrico em Y de Roux por videolaparoscopia. Foram incluídas 28 mulheres, com o índice de massa corporal (IMC) de 35 a 49,9 kg/m2, que realizaram o Bypass Gástrico em Y de Roux por videolaparoscopia. Excluídas tabagistas, pneumopatas e incapazes de realizar os testes adequadamente. As voluntárias foram divididas de forma alternada em dois grupos: Grupo RESPIRON (n=13) e Grupo EPAP (n=15). Para avaliação da função pulmonar foram realizadas a espirometria, a manovacuometria, a cirtometria tóraco-abdominal e a avaliação da mobilidade diafragmática pela radiografia de tórax, realizadas no pré e no segundo dia de pós-operatório. A análise estatística foi realizada com testes paramétricos ou não-paramétricos, dependendo da distribuição das variáveis, considerando significativo p<0,05. Constatou-se que as variáveis Pressão Inspiratória Máxima, Pressão Expiratória Máxima, Capacidade Vital, Capacidade Vital Forçada, Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo, Ventilação Voluntária Máxima e Volume de Reserva Inspiratório apresentaram queda no período pós-operatório, porém sem diferença estatística entre os grupos. O Volume Corrente (VC) não reduziu no Grupo RESPIRON e o Volume de Reserva Expiratório (VRE) reduziu discretamente no Grupo EPAP, porém sem significância estatística. A mobilidade diafragmática e a mobilidade tóraco-abdominal foram menos prejudicadas no Grupo RESPIRON. O tempo de internação foi de 2 dias e não houve complicações pulmonares. Com base nesses resultados pode-se concluir que a Inspirometria de Incentivo a fluxo exerceu melhores efeitos na manutenção do VC, na mobilidade diafragmática e tóraco-abdominal; enquanto que a EPAP no restabelecimento do VRE no período pós-operatório. No entanto, as duas técnicas não diferiram entre si com relação à incidência de complicações pulmonares e no tempo de internação hospitalar.

Abstract