Biblioteca Digital - UNIMEP

Visualização do documento

Título

EFEITO DA MICROCORRENTE GALVÂNICA INVASIVA EM ESTRIAS ALBAS

Orientador

MARIA LUIZA POLACOW

Autor

MÁRCIA CRISTINA DIAS CONSULIN

Palavra chave

FISIOTERAPIA, ESTÉTICA, ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA.

Grupo CNPQ


Programa

MS - FISIOTERAPIA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

26/02/2008

Nº Downloads

4929

Resumo

Estrias albas são lesões cutâneas bilaterais, caracterizadas como bandas lineares de pele atrófica. A microcorrente galvânica invasiva (M.G.I.) tem sido usada na prática clínica como recurso físico de primeira escolha para a melhora do aspecto da pele. O objetivo deste trabalho é analisar os resultados obtidos com o uso da M.G.I. em pele humana com estrias, por meio de análises morfométrica e, em pele de ratos, por meio de análises histométrica e histopatológica e correlacionar os resultados. O estudo com humanos foi realizado em 12 mulheres saudáveis e portadoras de estrias. No lado direito do corpo, no local escolhido para tratamento das estrias, em uma área determinada de 5 cm2, todas voluntárias receberam apenas a introdução da agulha com o aparelho desligado (D), enquanto que no lado direito do corpo em área de mesma dimensão, receberam a M.G.I., isto é, com o aparelho ligado (L). Foram comparadas imagens obtidas por microscópio de superfície (I- Scope) pré-tratamento e após 15 dias do término de 4 procedimentos consecutivos, realizados uma vez por semana. Utilizou-se o método de planimetria, que consistiu na contagem do número de áreas com traços de estrias no pré e pós tratamento. Os dados foram submetidos ao teste de Mann-Whitney, seguido do Kruskall-Wallis e Dunn´s, com nível de significância de 5%. Para se verificar o efeito histométrico e histopatológico da M.G.I na pele, 5 ratos (Wistar, machos, com 200+40g), tiveram três áreas de 1 cm2 tricotomizadas e demarcadas, no dorso, que receberam os tratamentos: L, D e área controle (C). Após uma semana do término de quatro procedimentos consecutivos, realizados semanalmente, segmentos de pele foram fixados em solução tamponada de formol a 10% por 48 horas, tratados rotineiramente para inclusão em Paraplast Plus e coloração em Hematoxilina Eosina (HE). Por meio de análise histopatológica, obteve-se o número de fibroblastos, leucócitos e vasos sanguíneos, que foi analisado pelo teste de Kruskall-Wallis seguido de Dunn´s. A espessura da epiderme foi obtida por análise histométrica, cujos dados foram analizados pela ANOVA, seguido pelo teste de Tukey, com nível de significância de 5%. Os resultados das áreas tratadas L em pele humana, mostraram redução significativa de 46,3% (p= 0,0137), enquanto que nas áreas tratados por D, a redução não foi significativa (21,4%, p 0,05). A espessura da epiderme de ratos tratada por M.G.I - L foi reduzida em 24,9%, e 15,2% nas áreas tratadas por D, ambas siginificativas (p=0,0002). Foi observado também, aumento significativo de 88,9% (p=0,005) de fibroblastos nas áreas L, sendo que nas áreas tratadas por D, não houve aumento significativo (7,6%). O número de leucócitos nas áreas tratadas por D foi significativamente maior (p=0,0007), 123,4%, e não houve diferença significativa nas tratadas por L. Quanto ao número de vasos sanguíneos não houve aumento significativo nos vários grupos experimentais em relação ao controle (p=0,4815). Pode-se concluir, nas condições experimentais deste trabalho, que a M.G.I é um recurso promissor no tratamento das estrias albas, pois provocou melhora no aspecto da pele humana, estimulou o aumento de fibroblastos em pele de ratos, bem como, acelerou a resolução do processo inflamatório provocado pelo introdução da agulha.

Abstract