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Título

CORRELAÇÃO ENTRE MARCADORES INDIRETOS DE DANO MUSCULAR E A PERFORMANCE NEUROMUSCULAR FRENTE À VELOCIDADE DA AÇÃO MUSCULAR EXCÊNTRICA.

Orientador

Rozangela Verlengia

Autor

ADRIANO DE ALMEIDA PEREIRA

Palavra chave

Velocidade Excêntrica; Pesos Livres; Marcadores de Dano Muscular; Correlação.

Grupo CNPQ


Programa

MS - EDUCAÇÃO FÍSICA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

31/07/2012

Nº Downloads

1295

Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar a correlação entre a performance neuromuscular e marcadores indiretos de dano muscular frente a diferentes velocidades da ação muscular excêntrica, pós–sessão de exercício em homens treinados em força. Vinte homens (25,4 ± 2,9 anos; massa corporal de 77,9 ± 9,1 Kg; estatura de 1,75 ± 2,9 m; e percentual de gordura 13,2 ± 6,5 %) com experiência média de 5,4 ± 2,7 anos de treinamento de força participaram do estudo, e foram homogeneamente divididos em relação à força máxima excêntrica em dois grupos: velocidade excêntrica lenta (VEL – n=10) e velocidade excêntrica rápida (VER – n=10). Ambos os grupos realizaram 4 séries de 8 repetições com intensidade de 70% do teste de uma repetição máxima excêntrica (1RMexc); 2 minutos de intervalo de recuperação foi realizado entre séries para o exercício supino reto. A velocidade de execução foi controlada em 3 segundos para o grupo VEL e 0.5 segundos para o grupo VER. O volume total de carga levantada foi equalizado para ambos os grupos. O teste de uma repetição máxima (1RM), percepção subjetiva de dor muscular de início tardio (DMIT) e atividade sérica da creatina quinase (CK) foram avaliados antes (basal) e ao longo de 96 horas pós-sessão de exercício para mensurar de forma indireta a magnitude do dano muscular. O coeficiente de correlação de Pearson foi realizado a partir dos dados picos, com nível de significância de p ≤ 0.05. Foram encontradas correlações significativas entre queda percentual do teste de 1RM e DMIT em 48, 72 e 96 horas pós-sessão de exercício para o grupo VEL e em 24 horas para o grupo VER. Em relação à CK, foi observada correlação significativa com teste de 1RM em 48 horas, apenas para o grupo VEL. Não houve correlação significativa para os grupos VEL e VER entre as variáveis: queda pico em relação ao valor basal do teste de 1RM e concentração sérica pico de CK. Na correlação entre os valores pico das variáveis: teste 1RM e DMIT foram observadas correlação significativa apenas para o grupo VEL. De acordo com os dados obtidos a partir da regressão linear, a DMIT pico foi a variável que melhor explicou (R2 = 0.51) a queda pico no desempenho de 1RM, para o grupo VEL. Em conclusão, nossos dados demonstram que dentro dos marcadores indiretos (CK e DMIT) avaliados em homens treinados em força, a DMIT foi a variável que melhor refletiu a queda da performance neuromuscular pós-sessão de exercício apenas para o grupo VEL.

Abstract

The aim of this study was to evaluate the correlation between neuromuscular performance and indirect markers of muscle damage from different velocity of eccentric muscle action, post-exercíce session in resistance-trained men. Twenty male university students (25,4 ± 2,9 years; body weight of 77,9 ± 9,1 Kg; height 1,75 ± 2,9 meters; and fat percentage 13,2 ± 6,5 %) with experienced mean of 5,4 ± 2,7 years of resistance training participated in the study, and were homogeneously divided in relation to the maximum eccentric strength in two groups: slow eccentric velocity (SEV – n = 10) and fast eccentric velocity (FEV – n = 10). Both groups performed 4 sets of 8 repetitions with intensity of 70% of one repetition maximum eccentric (1RMecc) test; 2-minute resy interval between sets was carried out for bench press exercise. The execution velocity was controlled in 3 seconds for SEV group and 0.5 seconds for FEV group. The total volume load lifted was equalized for both groups. The one repetition maximum (1RM) test, subjective perception of delayed onset muscle soreness (DOMS) and serum activity of creatine kinase (CK) were evaluated before (baseline) and over 96 hours post-exercise session to measure indirectly the magnitude of muscle damage. The Pearson correlation coefficient was performed from the peak data, with a significance level of p ≤ 0.05. Significant correlations were found between the percentage decline in 1RM test and DOMS in 48, 72 and 96 hours post-exercise bout for SEV group. In relation to the CK, was observed a significant correlation with 1RM test in 48 hours, only for SEV group. There was no significant correlation for SEV and FEV groups with the variables: peak decline compared to baseline 1RM and peak serum CK. In the correlation between the peak values os the variables: 1RM test and DOMS was observed a significant correlation only for the SEV group. According to the data obtained from the linear regression, the DOMS peak was the variable that best explained (r2 = 0.51) the peak decrease of 1RM test for the SEV group. In conclusion, our data demonstrate that within the indirect markers (CK and DOMS) evaluated in resistance-trained men, the DOMS was the variable that best reflected the decline in neuromuscular performance after exercise bout only for SEV group.