Biblioteca Digital - UNIMEP

Visualização do documento

Título

SISTEMAS AGRÍCOLAS NA REGIÃO CENTRAL E LESTE DE MINAS GERAIS: OCUPAÇÃO AGRÁRIA CONVENCIONAL E NÃO CONVENCIONAL COMO ELEMENTOS DE GESTÃO SOCIECONÔMICA E AMBIENTAL.

Orientador

LUCIENE DE BARROS LORANDI SILVEIRA LARA

Autor

JULIANO AVELAR MOURA

Palavra chave

SISTEMAS AGRÍCOLAS; MINAS GERAIS

Grupo CNPQ


Programa

DR - ENGENHARIA DE PRODUÇÃO (PPGEP)

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

01/10/2012

Nº Downloads

1032

Resumo

A partir da chamada “Revolução Verde” em todos os governos foi intensificado o discurso sobre a importância da produção de alimentos para solucionar o problema da fome no país. A partir de então foram criadas e implementadas até a atualidade, as políticas voltadas para a produção agrícola, sempre embasada na eficiência produtiva. Para garantir a eficiência produtiva, foi estabelecido todo aparato tecnológico e industrial para a fabricação de máquinas e implementos, fertilizantes, agrotóxicos, sementes, genética animal, ração, veículos, etc. Contudo essa evolução tecnológica não atendeu a maior parte das famílias rurais, muito em função do alto custo de acesso a essas tecnologias. O resultado foi que várias famílias se viram excluídas desse novo cenário de produção rural, e acabaram migrando para os centros urbanos a fim de compor a grande massa de operários da indústria. Esta migração do camponês para o operário gerou forte impacto na organização dos espaços urbanos, tais como: formação das periferias sobre as áreas de preservação permanente, seja nas margens dos córregos ou morros; expansão da cidade sobre áreas antes denominadas rurais; caracterização de comércios específicos em função da cultura de origem, a exemplo os chamados mercadões; estabelecimento das redes de trânsito e transportes; etc. Podemos então, a partir do exposto, afirmar que o urbano também é rural. A partir da década de 80 houve uma intensificação do fluxo contrário, o urbano tentar voltar para o rural. Esta colocação se justifica pelo crescimento das manifestações de ocupação à terra, liderada principalmente pelos movimentos de trabalhadores sem terra e sindicatos dos trabalhadores rurais; reivindicando o cumprimento da Constituição Federal que em seu art. 5º, parágrafo XXIII, preconiza que a propriedade rural deve atender a sua função social. A partir de qualquer momento de crise econômica no setor urbano observa – se o aumento da “fuga” dos operários para o meio rural. Agora, podemos afirmar que o rural também é urbano. Somada à necessidade de aumentar a produção nacional de alimentos para uma população que cresce numa escala exponencial, está a necessidade de implementar modelos produtivos que contemplem um planejamento ambiental que satisfaça, de forma eficaz, o bem estar social e a conservação dos recursos naturais para o médio e longo prazo. O foco do planejamento deve ser econômico, social e ambiental. Este trabalho aborda aspectos sobre a viabilidade econômica, social e ambiental de dois modelos de ocupação agrária: o primeiro chamado de ocupação não convencional, ou seja, modelo ainda não oficializado pela maioria parte das políticas públicas e que acontece nos maciços urbanos e peri urbanos; o segundo é o modelo convencional de ocupação agrária, linha oficial do Sistema Nacional de Reforma Agrária, que acontece nas áreas denominadas rurais. Ao fim é evidenciada a necessidade da indução do modelo não convencional, como alternativa viável nos espaços ociosos nas metrópoles, justificando a sua inclusão nas políticas públicas. A investigação aconteceu na região Central e Leste de Minas Gerais, mais especificamente nos municípios de Sete Lagoas e Pingo D’água.

Abstract

Due to the crescent problem of food generation it has been established quite a few political actions in order to improve the agriculture production. These have been done through the incentive in the use of nitrogen fertilizers, seeds, animal genetics and modern agriculture machines and equipments. However, several families could not experience this “technological revolution” mainly because of the large costs and consequently migrating to urban centers. As a consequence of this increasing in the urban population coming from rural areas land use changes has taken place causing several impacts in the environment such as damage to the natural preserved forested areas, streams and small rivers. Besides, there are several changes in the social and economic aspects of the population. Therefore an urban area sometimes can also be characterized as a rural area too. By the other hand, in the 80´s the urban population try to reaches the rural areas, mainly because of the large increasing of the land occupation policies which was fomented by the “Movimento dos trabalhadores sem terra e Sindicato dos trabalhadores rurais”. Therefore in any event of economic crises it is evidenced population change; from the urban to rural. The increasing of the agriculture production is only possible through an implementation of a productive model that includes a social environmental and economics vision regarding to the environmental and human wealth aspects. For that reason the management focus should be social economic and environmental. This project presents and discusses the economic social and environmental viabilities of two agriculture model in the Belo Horizonte Metropolitan Area, Minas Gerais State. First one is the no conventional occupation model call that because it is not officially recognized by the Brazilian government. Second one is the agriculture conventional occupation model recognized and stabilized by the “Sistema Nacional de Reforma Agrária”. The project assessment and investigation took place in the Central and East area of the Minas Gerais State, focused in Sete Lagoas and Pingo D`água counties. Due our analysis it shows that the no conventional occupation model it is a real and productive practice and should be included in the public policies as an effective practice.